O Tricolor mal jogou na última noite e já faz atividades pensando no duelo frente ao Coritiba, sábado, às 18h30. Antes de retornar ao Rio, os reservas do Time de Guerreiros, que venceu o time da casa na quarta-feira por 2 a 1, realizaram uma atividade física seguida de um trabalho de finalizações. Já os titulares se limitaram a um leve treino físico regenerativo e depois só acompanharam os demais suarem a camisa.
Como já é costumeiro, o único titular com um dia mais movimentado foi justamente Diego Cavalieri, um dos protagonistas do triunfo tricolor frente ao Criciúma. Ele treinou normalmente ao lado de Kléver e do preparador André Carvalho.
Com três jogadores servindo a seleção brasileira sub-17, o Fluminense, assim como outros clubes brasileiros, se preocupa com o São Paulo. Isso porque, sem poder contar com a Granja Comary, que passa por reformas, os treinos das seleções de base têm acontecido no CT de Cotia, que pertence aos paulistas.
O incômodo com o São Paulo se deve ao histórico recente de aliciamento de atletas, se aproveitando da proximidade com os jovens jogadores. Gerente das divisões de base do Flu, Fernando Simone, comentou sobre o fato.
– Estou tranquilo? Não. O (Alexandre) Gallo é um cara super sério, mas a questão é o São Paulo. A CBF que deveria nos proteger, pega a seleção e bota dentro do muro deles – disse.
– Se me chamarem para ir nas Laranjeiras eu vou, só nunca mais tive oportunidade de jogar lá pelos times que passei. Na época que eu estava no hospital o Fluminense me pediu desculpas pelos dirigentes. Eles não tiveram culpa – afirmou.
Assim como Edinho, Carlinhos também não se ilude com o mau momento vivido pelo Coritiba no Campeonato Brasileiro. O lateral-esquerdo do Fluminense alerta para a capacidade de reação do adversário e se prepara para um jogo difícil no próximo sábado no Maracanã.
– O Fluminense está se preparando para uma partida muito difícil, contra um adversário que não vem conseguindo ter um bom momento, mas que tem condições de sair desta realidade que se encontra. Temos de trabalhar para eles não conseguirem reagir logo agora, diante de nós, senão teremos muitos problemas em casa – disse.
O pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julgou nesta quinta-feira os recursos de Vasco e Corinthians pelas perdas de mando de campo por conta da briga de torcidas no jogo entre ambos em Brasília. E a punição de quatro partidas para os dois está mantida. Vale destacar que tal pena interfere diretamente na presença de público no confronto entre o Cruz-maltino e o Fluminense, válido pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro.
A perda de quatro mandos de campo será mantida, mas o jogo não será mais realizado com portões fechados para os torcedores dos rivais. Assim, a partida acontecerá em um local a ser indicado pela CBF, porém, onde o Vasco ainda não tenha atuado na competição. Desta maneira, o clássico será disputado fora do Rio de Janeiro.
Depois de um bom começo, o Coritiba vem caindo na tabela do Campeonato Brasileiro. Mas a fase adversa do próximo adversário do Fluminense não empolga Edinho. O volante destaca o elenco rodado do time paranaense e não espera moleza para o Tricolor no jogo de sábado no Maracanã.
– O Coritiba tem um bom time, com jogadores experientes e que saberão lidar com essa situação de irregularidade. Não podemos esperar facilidades, pois assim seremos surpreendidos – disse.
Lembra dele? Ex-goleiro que defendeu o Fluminense por cinco anos entre o fim da década de 1980 e início da de 90, Ricardo Pinto afirma não guardar mágoas da agressão que sofreu nas Laranjeiras em 1996, quando defendia o Atlético-PR. Na ocasião, o ex-tricolor foi muito hostilizado pela torcida já antes do jogo e, ao comemorar de uma forma provocativa a vitória de sua equipe por 3 a 2 olhando para as arquibancadas, deu início a uma briga generalizada.
Logo ao fim da partida, torcedores invadiram o gramado e a confusão foi geral com jogadores do Atlético-PR. Ricardo Pinto levou a pior ao ser acertado na cabeça e sofrido uma lesão no crânio. Operado, ficou três meses fora e perdeu o restante do Campeonato Brasileiro, no qual o seu time chegou às quartas de final. Mesmo assim, afirma não ter rancor.
– Não fiquei magoado com ninguém. Se eu tivesse que fazer algo, faria com aquela pessoa o mesmo que fez comigo. Mas eu jamais faria isso com ele, sou incapaz disso. O episódio passou, mas não tenho nada contra ninguém – lembrou.
A lamentação de Ricardo Pinto é maior pelo fato de não ter conseguido disputar a fase final da competição.
– O que eu lamento é que atrapalhou minha carreira. O Atlético-PR estava bem, perdeu nas quartas e eu estaria junto com o clube. Eu estava bem para caramba, maduro, forte, época que eu achava que poderia ter felicidade maior do que hospital. Mas não reclamo não. Foi uma fatalidade. O Atlético-PR poderia ter sido campeão. Tinha que acontecer e passou, deixei para trás, morreu para mim – disse.
O momento no qual ocorreu a confusão que acabou com a agressão a Ricardo Pinto era muito conturbado com o Fluminense fazendo campanha muito ruim. Posteriormente, o time acabaria rebaixado.
Bruno teve noite de artilheiro na última quarta-feira. O lateral-direito fez os dois gols na vitória de virada por 2 a 1 sobre o Criciúma fora de casa. Ao comentar o faro de goleador, o camisa 2 destacou o fato de estar esperto e acompanhando os lances.
– Eu acompanhei a jogada e tive a felicidade de entrar na área e concluir em gol – disse em relação ao primeiro marcado, no cruzamento de Carlinhos.
Vanderlei Luxemburgo ficou satisfeito com o trabalho defensivo do Fluminense na vitória por 2 a 1 sobre o Criciúma, quarta, no Heriberto Hülse. E o técnico explicou como entende uma marcação forte e bem feita. Na sua visão, ter a posse de bola é a melhor arma para anular os adversários.
– Tivemos uma marcação forte, compactando. Isso é um trabalho forte que temos de fazer. Marcação forte não quer dizer violento. Melhor marcação é posse de bola, como o Barcelona faz. Times que dirigi já faziam isso. Palmeiras, Santos, Corinthians, Cruzeiro… – disse.
O paredão voltou. Diego Cavalieri fez grandes defesas e foi um dos nomes da vitória sobre o Criciúma por 3 a 1. Além de salvar o Fluminense em algumas ocasiões, ainda defendeu um pênalti. Foi o 10º em 30 cobrados, desde que chegou ao Time de Guerreiros.
Dos dez pênaltis que defendeu, oito foram em cobranças durante o jogo e dois em disputas de pênalti. Ambos, por coincidência, aconteceram diante do Botafogo nas semifinais da Taça Guanabara do ano passado. Na ocasião, o Fluminense conseguiu a vaga na final e conquistou o título.