A delegação do Fluminense viajou na manhã desta terça-feira para Atibaia. Busca um clima de paz e tranquilidade, o time embarcou para a cidade interiorana, onde ficará até sexta-feira.
O embarque da equipe não contou com a presença dos torcedores, mas, por precaução, contou com alguns seguranças do clube. Os primeiros jogadores a chegarem no aeroporto foram o goleiro Felipe Garcia, o lateral Bruno e o volante Rafinha.
A possibilidade de um clube carioca disputar a Série B do Brasileiro em 2014 é grande. O cenário em que os quatro grandes do Rio de Janeiro permaneçam na elite para o ano que vem, segundo os matemáticos, é improvável: 18% de chances.
O Vasco tem 54% de probabilidade de ser rebaixado e o Fluminense, 47%. As chances de os dois caírem são de 20%. Confira as campanhas:
O quesito conclusões a gol tem feito os torcedores do Fluminense irem à loucura. O time perde muitos gols e os números comprovam. O Tricolor é uma das equipes do Campeonato Brasileiro que mais finaliza errado.
O combinado de Vanderlei Luxemburgo ocupa a quarta colocação no fundamento. Com 277 chutes a gol errados, só está a frente de Flamengo – 289 -, Internacional, – 290 -, e Botafogo, o campeão, com 291 finalizações equivocadas.
Outro dado preocupante do Fluminense está nos desarmes. O time é o segundo que menos rouba bolas no Brasileiro: 590. O Bahi é o primeiro com 589.
Ex-zagueiro do Fluminense, Duílio falou sobre o momento do time na temporada. Após perder jogadores como Thiago Neves, Deco e Wellington Nem, a reposição veio da base. Para o atual treinador, que manifestou apoio da Deley, houve um erro de estratégia.
– Alguns jogadores importantes saíram, e a reposição não foi feita no mesmo nível. Optar pela base é bom, mas é preciso ter um planejamento também – opinou.
Onze jogos, três empates e oito derrotas. O retrospecto do Fluminense em clássicos no ano de 2013 se tornou o pior de toda a centenária história do clube. Com apenas 9,09% de aproveitamento, o time superou 1962, quando, na ocasião, empatou um jogo e perdeu nove, totalizando, 10% .
O Flu também passou 2011 em branco. Não venceu nenhum arquirrival, mas teve um aproveitamento melhor: 16,66%, com cinco empates e cinco derrotas.
A última vez em que o Tricolor tinha encarado um jejum em clássicos tão grande, havia sido em 2011, quando conquistou cinco empates e cinco derrotas nos dez clássicos disputados naquele ano. No entanto, em aproveitamento, 2011 foi superior em relação ao atual.
O maior carrasco do ano foi o Flamengo. Em três jogos disputados foram três derrotas: 3 a 1, no Carioca, 3 a 2 e 1 a 0 no Brasileiro. Em seguida, vem o Vasco, que bateu o Tricolor em três dos quatro jogos disputados entre eles. O “melhor” retrospecto foi contra o Botafogo, contra quem o Fluminense conquistou dois dos seus três pontos em clássicos no ano. Em quatro partidas, perdeu duas e empatou outras duas.
Vanderlei Luxemburgo chegou a seu ápice como treinador em meados da década de 1990 e foi contratado para comandar a seleção brasileira. Demitido pela CBF em 2000, o profissional acumula um grande trabalha – Cruzeiro em 2003 – alguns títulos estaduais e muitos fracassos. No Fluminense tem seu pior aproveitamento desde que deixou a seleção. Confira os números:
Vanderlei Luxemburgo recebeu jogadores e integrantes da diretoria do Fluminense para um churrasco em sua residência na última quinta-feira. Os presidentes do clube, Peter Siemsen, e da Unimed, Celso Barros, estiveram presentes. Era a senha de que o técnico continuaria e que a programação para a ida à Atibaia estava definida.
– É uma situação que já estava decidida . Vai ser bom para o time respirar, sair da confusão e estar bem emocionalmente para os próximos jogos – explicou o preparador físico Antônio Mello.
Fred tem trabalhado para voltar a jogar futebol ainda neste ano. Porém, o atacante tem participado pouco do dia a dia do Fluminense, especialmente nas partidas em momento difícil que o time vive.
No clássico deste domingo, com o Flamengo, enquanto todos os jogadores que não podiam enfrentar o rival (lesionados ou suspensos) foram à concentração, ao Maracanã e ao vestiário incentivar os companheiros, o artilheiro não apareceu.
Desde que se machucou, Fred só foi visto no Maracanã no empate com o Botafogo em 2 de outubro, véspera do seu aniversário. Na ocasião, foi para o camarote da Unimed, onde ganhou uma festa particular.
Se voltar a jogar neste ano, Fred não estará no melhor de sua condição física e técnica. O edema na coxa direita não é sério, nem atrapalha a recuperação. Há um consenso entre os médicos do Fluminense, todavia, de que o centroavante precisa estar com, pelo menos, 80% de seu tratamento realizado para retornar aos campos.
Pular etapas e acelerar o processo de recuperação está fora de pauta. O Fluminense conta com Fred até no “sacrifício”, mas sem sobrecarregar o jogador através de meios artificiais.
Fred não sente dores, mas a possibilidade de voltar apenas em 2014 não está descartada.
A forte relação entre Darío Conca e o Fluminense não seria abalada caso aconteça um desastre nesta temporada. Mesmo se o Tricolor for rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro, o argentino não desistiria da ideia de voltar ao clube em que se tornou ídolo.
– Nem falamos sobre isso nas últimas conversas. Não há esse tipo de discussão. Nenhuma das partes tocou no assunto. E olha que tivemos discussões recentes, já com o time nessa fase atual. Foram discutidos vários cenários no contrato, mas em momento nenhum falamos sobre um possível rebaixamento. O Conca tem uma relação forte com o Fluminense, uma relação vitoriosa, e é isso que queremos manter – confirmou Motta, um dos representantes do jogador na negociação.