Próximo adversário do Fluminense no Campeonato Brasileiro, o Corinthians se reapresentou nesta terça-feira para treinar após o empate com o Vitória na última rodada com quatro ausências. Renato Augusto, Paulo André, Douglas e Fábio Santos não participaram de atividade.
Os três primeiros, titulares nos últimos jogos, foram apenas preservados de uma carga maior de exercícios e ficaram na academia do clube. Já o lateral-esquerdo Fábio Santos, com dores no púbis, ainda corre contra o tempo para ter condições de enfrentar o Fluminense, domingo, em Araraquara.
Ex-jogador do Fluminense e campeão brasileiro em 1984, Duílio declarou apoio a Deley para a próxima eleição do clube. Segundo o ex-zagueiro, que também faz elogios ao atual presidente Peter Siemsen, o momento é para uma mudança no Tricolor.
– O Deley, é um amigo, parceiro, ex-jogador. Reúne todas as qualidades para ser um grande presidente. Espero que seja bem-sucedido no Fluminense como foi a vida inteira. Acho que é uma oposição sadia. Foram três anos muito bons do Peter, uma pessoa séria, mas já deu. Tudo tem o seu tempo. É preciso revitalizar o Fluminense e fazer com que ele volte a ser o clube que conhecíamos – disse.
Jogadores importantes do Fluminense, Fred e Diego Cavalieri tiveram seus nomes recentemente especulados no São Paulo. Mas, segundo o vice de futebol do Tricolor paulista, João Paulo de Jesus Lopes, nenhum dos dois está na mira da diretoria.
Na visão do dirigente, tais especulações têm fundo político, afim de desestabilizar a diretoria do clube paulista.
– Não existe nenhuma possibilidade em relação a esses nomes (Fred e Vágner Love para o ataque). Temos outros que estamos vendo. Alguns nomes que vem sendo colocados, têm um dedo político. Colocam uns nomes de destaques, aí quando não vierem se cria um desconforto para a diretoria. Aí inventam que estamos tentando contratar Julio Cesar (goleiro do Queens Park Rangers) ou Diego Cavalieri para o lugar do Rogério Ceni – disse.
A seis rodadas do fim do Campeonato Brasileiro, o Fluminense está em situação de risco de rebaixamento e não vence há oito jogos. Ainda assim, Alcides Antunes defende a permanência de Vanderlei Luxemburgo no comando da equipe. Na visão do ex-vice de futebol tricolor, o técnico não é o único culpado pela fase ruim e essa troca perto do fim da competição não seria uma boa para a equipe.
– Nesse momento é loucura mudar de treinador. Ele não é o único culpado. Tirar o Vanderlei não é o certo. O Fluminense não ganhou um clássico desde o início do ano quando o Vanderlei não estava aqui. O culpado não é só ele. É ele, diretoria, o grupo, todo mundo… Tirar o Vanderlei nesse momento é loucura – analisou.
Apesar de, declaradamente, apoiar Deley, candidato de oposição no Fluminense, Alcides Antunes evitou criticar a atual gestão pelo momento do time. Para o ex-vice-presidente de futebol, não existe um único culpado.
– Nesse momento, não existe culpado. Quando ganha, ganham todos. Quando perde, perdem todos. Cada um tem seu pedacinho de culpa. Ninguém pode tirar sua responsabilidade. Se está lá, tem sua responsabilidade. Não existe culpado, mas culpados. O Fluminense não está nessa situação por obra do acaso. A culpa não é específica de A, B, C ou D – declarou.
Em reunião realizada na última segunda-feira, os jogadores do movimento Bom Senso F.C. lamentaram a falta de interesse da CBF em resolver as questões levantadas pelo grupo.
Na visão dos atletas, a entidade deu pouca importância a pontos importantes relacionados ao futebol brasileiro.
Confira a nota oficial postada no Facebook do Bom Senso F.C.:
“Bom Senso FC se reúne e lamenta desinteresse da CBF
O Bom Senso FC realizou uma nova reunião nesta segunda-feira. Os seguintes atletas representaram o movimento no encontro: Alessandro (Corinthians) Alex (Coritiba), Bruno (sem clube), Edu (sem clube), Fahel (Bahia), Edu Dracena (Santos), Fernando Prass (Palmeiras), Juan (Internacional), Júlio César (Corinthians), Lúcio Flávio (Paraná), Paulo André (Corinthians) e Paulo César (sem clube).
Os jogadores lamentam o desinteresse da CBF sobre os seguintes pontos importantes que envolvem o futebol brasileiro: calendário para 2015, número de jogos dos clubes menores, datas FIFA concomitantes com jogos no país, causando prejuízo técnico nas competições, e Fair Play Financeiro.
Bom Senso Futebol Clube
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Quinto colocado na pontuação geral do Brasileirão dos pontos corridos, o Fluminense tem números curiosos. Desde 2003, o Tricolor, vencedor de duas edições do Nacional, é o segundo time que mais empatou: 119. Só perde para o Flamengo, sexto, com 135. Confira o ranking do Campeonato Brasileiro de pontos corridos:
Vice-presidente de futebol do Fluminense na campanha do tricampeonato brasileiro, Alcides Antunes não crê no rebaixamento do clube. Apesar do momento difícil, o ex-dirigente diz confiar no elenco. Para ele, o jogo chave será contra o Náutico, no dia 14, no Maracanã.
– Tenho total confiança que o Fluminense não vai cair. Temos um jogo muito difícil lá em São Paulo contra o Corinthians. Tem 15 empates no campeonato, mas um setor defensivo forte. O Fluminense vai encontrar muitas dificuldades. Teve quatro jogos no Rio e deveria ter fugido dessa situação nessas partidas. Mas são águas passadas e não adianta chorar o leite derramado. O Fluminense corre o risco mesmo é nesse jogo do Náutico. Se empatar, ele cai nesse jogo. Não vai conseguir se recuperar mais. Mas acredito nesse elenco. O Fluminense é um clube grande, acostumado a sair dessas adversidades e acredito plenamente que não caia para a segunda – opinou.
Ex-jogador do Fluminense, Paulo César Caju apoia a candidatura de Deley à presidência do clube. Segundo ele, o antigo parceiro está preparado para realizar a tarefa.
De acordo com Caju, Deley está se cercando com um grupo forte e sua vida política e familiar o credenciam a assumir a presidência do Fluminense.
– O Deley é uma raridade no futebol brasileiro. O primeiro convite que me fez para participar do lançamento da candidatura eu estava viajando. Moro em São Paulo, ele insistiu. Disse que contribuí muito para o sucesso dele como jogador de futebol. Vou até contar essa história. Na época da máquina tinha um campeonato de juvenis em Volta Redonda. Eu, Rivelino, Gil e Pintinho estávamos assistindo a preliminar e ficamos encantandos com um garoto do Volta Redonda e indicamos para o Francisco Horta (ex-presidente do Fluminense). Falamos para ele que não podia perder aquele moleque. O resultado todo mundo conhece. Ele girou o mundo, depois parou de jogar. Tornou-se Secretário de Esportes em Volta Redonda, criou o Estádio da Cidadania que eu participei do lançamento também, ganhou para Deputado Federal e virou um craque em todos os sentidos. Na vida profissional como atleta, na vida familiar, uma pessoa bem criada, uma mulher que é uma excelente pessoa, uma bela família, foi para a política e está no terceiro mandato como deputado e agora é candidato à presidência do Fluminense. Será um craque também. Ele está preparado. É formado em administração esportiva, cabeça pensante, agregador e tem um grupo muito forte com ele por trás. Eu sou apenas amigo. Foi uma surpresa ele me ligar, não trabalharia na gestão – disse.
Caso seja eleito presidente do Fluminense no fim de novembro, Deley já tem seus nomes para ocupar cargos importantes no clube. Sem ser específico, disse ser imprescindível as presenças de Júlio Bueno, derrotado por Peter Siemsen nas últimas eleições, e do empresário Márcio Fortes, ex-secretário do Ministério da Fazenda na década de 1980.
– Já está tudo definido. Vamos apresentar o conceito ainda, mas já traçamos o caminho a trilhar. Não é o Deley, mas uma equipe de pessoas altamente competentes. Nâo vou aparelhar o clube pagando salário para um e para outro não. Tem que ser competente, não adianta ser amigo do Deley. Meu compromisso é com a gestão. Hoje você não pode abrir mão de uma figura como Julio Bueno, um dos maiores executivos do Brasil, contamos também com o Marcio Fortes que é um dos maiores empresários do país e é tricolor. São vários tricolores importantes que estão dispostos a nos ajudar, então acho que é isso. Trazer esses e vários outros para que a gente modernize o Fluminense e não engane o sócio e a torcida. É transformar o Fluminense num clube que possa nos orgulhar. Pensar o Fluminense para daqui a 10 anos – discursou.