Após o presidente do Conselho Deliberativo, Fernando César Leite, convocar uma reunião para debater a Assembleia Geral convocada por Pedro Abad, no próximo dia 26 de janeiro, parte da oposição do Fluminense articula o chamamento de uma outra Assembleia Geral para votar o impeachment do mandatário tricolor. Sócios também poderão participar.
O plano dos integrantes da coalizão Fluminense Unido e Forte, que integravam a gestão do presidente Pedro Abad, foi elaborado em paralelo à proposta de antecipação da eleição feita por Abad. O grupo se baseia no artigo 12 no estatuto que, no entender deles, dá a Fernando César Leite, presidente do Conselho Deliberativo, a prerrogativa de também convocar uma Assembleia Geral.
A oposição argumenta que este processo seria mais rápido para a realização da eleição e que a mudança no estatuto fere o artigo 150, que define que mudanças eleitorais só podem valer para a próxima legislatura. Em caso de impeachment, uma nova eleição seria convocada em até 45 dias. A Flusócio, o grupo político do presidente Pedro Abad, entende o caso como uma tentativa de manobra da oposição.
Junto com os integrantes dos Esportes Olímpicos, que é aliado, os situacionistas pretendem ir à reunião do dia 22 e votar contra qualquer proposta. Vale lembrar que eles têm a maioria no conselho. Em caso de uma improvável derrota, defendem que Fernando César Leite não tem autonomia para convocar uma assembleia. Os situacionistas se apegam ao artigo 60 do Código Civil, que rege as associações, que estabelece que qualquer associado só pode convocar uma assembleia caso tenha a assinatura de 1/5 do quadro social. Recentemente, dois pedidos para anular a assembleia do dia 26 foram negados.