Senhores diretores,
estamos perdendo a nossa torcida. As razões para isso são fáceis de serem respondidas. Acabou a credibilidade e confiança nos comandantes do Fluminense e isso se reflete na arquibancada e nas redes sociais. Não bastasse muitos de nossos atletas pedirem para sair, além das recusas de jogadores cogitados no Flu, o torcedor do clube, maior patrimônio da instituição, está começando a deixar a paixão de lado.
Acompanhando as redes e comentários em diversos posts nesta coluna, percebe-se tamanha insatisfação e falta de motivação do torcedor em acompanhar o Fluminense nos últimos tempos. Vejam alguns comentários.
“Ir ao jogo para ver o nosso time ser esculachado em campo?#8221;
“(…) foi difícil convencer meu filho de 10 anos (que ama ir pro Maracanã) a sair de casa pra assistir Flu x Sport.”
“Triste ver um time tão importante na história do futebol brasileiro, se reduzindo a isso que estamos vendo. Nem dá gosto de torcer mais.”
O Tricolor se desacostumou com as vitórias, títulos e, no mínimo, brigar pelas competições que disputa. Como disse o Washington, campeão brasileiro em 2010, passamos – ou voltamos – a ser um time que luta para não cair para a segunda divisão. Reduzir as despesas é mais do que necessário, mas apenas um plano de austeridade não fará do Fluminense grande.
O aumento e a manutenção da torcida tricolor, especialmente as crianças, se faz com títulos ou, pelo menos, a possibilidade de brigar por eles. No futebol não se vive apenas de contas pagas em dia (quando estão). É preciso ousar! Queremos um time forte e mais capacidade de vocês nas tomadas de decisões internas.
Em 2017, as arquibancadas estiveram a maior parte do tempo vazias. Neste ano, se vocês não mudarem a postura, será ainda pior. Ainda há tempo de mudar, antes que voltemos à perdida década de 90, que teve apenas uma alegria ao torcedor: o gol de barriga.
Carlos Ghosn, o brasileiro que tirou a Nissan da falência, diz que a única coisa que faz a diferença é a motivação. Se você perder a motivação, aos poucos, você perde tudo. Portanto, Pedro Abad e cia, não acabem de vez com a alegria da torcida em vibrar e gritar pelo Fluminense. Sem eles, o clube não existe!
Saudações!