Fala, galera!

 
 
 

Venho desde o final do ano passado coçando os dedos para escrever sobre o momento do Fluminense, mas estava aguardando o desfecho de algumas situações, especialmente as polêmicas envolvendo o elenco, para vir aqui debater com vocês.

A gota d’água foi a liberação do Gustavo Scarpa através da justiça, que, até segunda ordem, agora pode jogar por qualquer clube sem retorno algum para o Fluminense. O mesmo e muito bem remunerado departamento jurídico, que perdeu de W.O. na audiência movida pelo ex-treinador Levir Culpi, soube por nota publicada pelo NETFLU, que o clube fora acionado pelo atleta na justiça do trabalho. Tarde demais!

Dando prosseguimento à incompetência, dias antes, a diretoria anuncia através de nota oficial a saída de uma barca lotada de atletas, antes mesmo de comunicá-los que não fariam mais parte dos planos. Coisa de amadores! Com tamanha dificuldade apresentada pelo Fluminense nos últimos anos, jogadores do porte de Diego Cavalieri e Henrique poderiam gerar uma compensação financeira ou até mesmo serem utilizados como moedas de troca. Mas os responsáveis pelas tomadas de decisão optam por, simplesmente, dispensá-los ao invés de negociá-los. Tiveram um 2017 inteiro para planejar quem fica e quem sai e isso não foi feito.

Dando nome aos bois, quem comanda o futebol do Fluminense são Pedro Abad e Marcelo Teixeira. Este último, quando o bicho pega, é gerente da base. E quando algo de bom acontece, é dono do futebol. Até pouco tempo fazia parte do grupo o vice de futebol Fernando Veiga, exonerado após ter vazado áudio onde depreciou a instituição, comparando a receita do Tricolor a do lanterna e rebaixado Atlético-GO.

Pode um dirigente, publicamente, desvalorizar o produto do clube de tal maneira? Na atual gestão, sim! O próprio presidente, em inúmeras entrevistas, declara que o Fluminense está quebrado. Junto com sua equipe comercial e de marketing, transforma a marca do clube em mixaria. O mesmo fazem, no desespero para quitar dívidas, comercializando atletas por preços de banana. Richarlison e Wendel foram vendidos por valores muito abaixo do mercado. Para piorar, com salários atrasados há meses, compram o Robinho do Figueirense por 7,5 milhões de reais. É um jogador que facilmente se lapida outro do mesmo nível na base. Até melhor!

Tornam o Fluminense frágil comercialmente. Para patrocinadores, basta oferecer permutas. De colchões a exames clínicos. E para os rivais, aumenta o poder de barganha para levarem os nossos jogadores a valores inferiores ou, até mesmo, de graça, tendo parte pagos pelo próprio Fluminense, através de rescisões amigáveis ou unilaterais, por determinação judicial.

Os incompetentes que controlam o Tricolor a três mandatos já foram capazes de liquidar ídolos, patrocinadores, investidores, promessas de Xerém e atletas do elenco atual. A torcida, cada vez menos é motivada a ir aos estádios. Onde vamos parar?