Oi, pessoal.
Uma atuação individual, como há tempos não víamos no Fluminense, garantiu a classificação para a quarta fase da Copa do Brasil. Amém.
Sim, um presente de Nenê, esse jogador que é citado como se seu futebol nunca tivesse sido assim, de alto nível, quando sempre foi, mas deixa pra lá… essa imprensa esportiva televisiva cansa.
Fato foi que, iluminado, o camisa 77 tricolor comandou o time que fez excelente 1° tempo, quando o menino Evanilson, ansioso, acima do normal, muito provavelmente pela presença de Fred e a incerteza sobre a sua permanência, perdeu duas chances claras de gol.
No 2° tempo, o time caiu um pouco de produção, mas sob a luz de Nenê e grande jogo de Calegari, Nino, Luccas Claro e, principalmente, Michel Araújo, o Fluminense venceu até as substituições e mania de montar aquelas duas linhas de quatro, posicionando os jogadores na intermediária defensiva, que Odair tem.
Bendito pênalti e terceiro gol! Bendita noite do talento do craque Nenê. Porque futebol não é um esporte para guerreiros; futebol exige habilidade, técnica, sobretudo. Caso contrário, a Islândia teria vencido aquela Copa do Mundo.
Motivação, bom preparo físico, mental, emocional, espiritual, como queiram, nada tem a ver com quantidade de suor. Quanto mais jeito e prática, menos você precisa suar. No futebol brasileiro atual, parece que assisto aos vikings com a diferença que os cotovelos e cabeçadas substituem as armas.
Odair Hellmman, sim, quase complicou. Eu não acreditei quando ele desmontou o ataque todo; recuou Nenê e este voltou a atuar aberto, marcando e armando para Ganso (que técnico horroroso!).
Mas, a sorte estava nos pés do craque e os gols que costumamos levar – o cara chuta, desvia aqui, acolá e entra, como o segundo gol – fizemos. Ou melhor, quem sabe jogar futebol fez.
As atuações individuais muito boas de Calegari, Nino, Luccas Claro e, principalmente, Michel Araújo ajudaram demais. É o individual formando o coletivo, antes do coletivo pensado horrorosamente por Odair que só engessa quem sabe e quer jogar futebol.
Nenê sabe. Tanto é que “se escalou”, desde o início, centralizado, como segundo atacante, bem próximo do Evanilson. Futebol não tem mistério. Nem precisa de estrategistas de xadrez, alquimistas, matemáticos, químicos… Basta fazer um bom feijão com arroz e deixar o jogador jogar.
Com a faca no pescoço, Odair cedeu. Que continue assim: os líderes do time assumindo a responsabilidade, inclusive, da arrumação em campo, para que possamos consolidar uma estabilidade.
Temos um time para isso, apesar de elenco mal montado. Neste sábado, é repetir a dose: evitar que Odair meta o dedo o máximo possível e só mexa, amaldiçoadas (ASPAS!) cinco substituições, faltando o mínimo de tempo para o fim do jogo.
Toques rápidos
– Nenê não estará inspirado sempre assim. Tem 39 anos e não é máquina. Aproveitemos esse presente do seu talento da melhor forma mas sem deixar que a vitória engane. Time continua mal treinado.
– Fred está sem jogar, talvez, o ano todo. Sua estrutura física é pesada. Normal aquela condição. Não sei o planejamento, mas tem que ir aos poucos. Tem muito campeonato e ele, em forma, ajudará.
– Nenê faz um golaço de falta e corre em direção ao banco para abraçar Ganso. Ninguém repercutiu. Eu registro. Conto muito, como no ano passado, com vocês dois, pela personalidade e bola.
– Ouvindo o Matheus Mattos e Rafael Menezes, mas com meu pai com a TV um pouco alta, percebi sua irritação com a insistência em quererem saber qual altura do Calegari. Como canta o querido tricolor Evandro Mesquita: “-Mas realmente!”
– Que árbitro foi aquele que não dava cartão amarelo para as faltas violentas seguidas do Figueirense? Quando falta marcava? Abre o olho, diretoria!!!!
Avante, Fluzão.
Nada de recuar!
Avante!