Um Carnaval na água. Assim foi a última apresentação da seleção brasileira de nado sincronizado, nesta sexta-feira, 19, no Parque Aquático Maria Lenk. Com as tricolores Maria Bruno, Luisa Borges e Duda Miccuci, a equipe disputou a prova de rotina livre e ficou com a 6ª colocação, somando 171.9985 (26,1000 pontos na execução, 34,8000 na impressão artística e 26,3000 nos elementos), maior nota conquistada pelo grupo.
À frente de países como o Egito e a Austrália, os 87,2000 pontos desta segunda etapa foram somados aos 84,7985 da rotina técnica no dia anterior, com o tema motoqueiras e sob o som de “Black Betty”, do Ram Jam. A energia e os movimentos vigorosos na água garantiram a 25.500 pontos de execução, 25.8000 de impressão artística e 33.4985 de elementos, superando a nota alcançada no Mundial de Kazan (82.937), em 2015.
A medalha de ouro ficou com a Rússia (196,1439), a prata foi para as chinesas (192,9841) e o Japão garantiu o bronze (189,2056), mas foi o Brasil que levantou a plateia que lotou o último dia de provas da modalidade:
– Conseguimos sentir a energia da torcida. É como se eles fossem mais um nadador. Dava para ouvir as palmas e os gritos. Conseguimos aumentar a nota e saímos muito satisfeitas da competição. Acho que não podia ser mais perfeito que isso – disse Maria Bruno.
Em sua terceira olimpíada, a técnica Magali Cremona cumpriu o prometido:
– Viemos e conquistamos o público. Bate até saudade do que vivemos aqui. Me sinto orgulhosa e vitoriosa. Não é fácil trabalhar com o nado sincronizado. Não temos tradição no país, mas espero ter despertado em outras jovens o desejo de estar numa seleção, de praticar esporte. Estou muito feliz – finalizou Magali, que há mais de 45 anos trabalha no Fluminense.