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Odair analisa paciência maior com técnicos estrangeiros: “Não precisa denegrir os brasileiros”

Redação

De 2019 para cá, a discussão sobre a qualidade dos técnicos brasileiros e estrangeiros ganhou muito espaço em virtude, principalmente, do sucesso de Jorge Jesus (português) e Jorge Sampaoli (argentino) em Flamengo e Santos, respectivamente. Na visão de Odair Hellmann, treinador do Fluminense, a situação não deve ser reduzida a isso.

O comandante tricolor entende que bons profissionais podem ser tanto locais como vindos de fora. Ele, no entanto, pede que se respeite mais os brasileiros.

— A pressão é em todos, porque a busca é pelo resultado. Vou dar um exemplo. O Flamengo fez um ano excepcional em 2019. O Jesus, estrangeiro, veio, fez um excelente ano, ganhou praticamente tudo, com pontuação muito distante dos demais. Aí todos acham que isso pode ser feito a qualquer momento, rapidamente, em outros lugares e times. Mas futebol não é assim. Quando o Guardiola saiu do Barcelona, não é porque ele saiu que o Barcelona não está conseguindo tantos feitos, ou jogar da mesma forma. Mas saíram Xavi, Iniesta, Neymar… É outro momento. Esse comparativo é difícil. Comparar duas situações iguais é difícil, imagina situações de momento, dinheiro, investimento, características de jogadores… Se um time tem quatro jogadores convocados para a seleção, não é só teoria que ele tem diferença técnica para o outro time. Será que esse mesmo treinador desenvolveria esse mesmo trabalho em outro grupo, com características diferentes? Quando aparece algo muito bom, tem de se buscar, claro, jogar bem, bom futebol. Mas é difícil, times são diferentes, clubes diferentes. Para ganhar existem muitas formas e existem boas ideias e conceitos de treinadores diferentes. É preciso olhar mais o macro para essa questão de brasileiro ou estrangeiro. Eu não discuto nacionalidade. Vejo competência e admiro bons trabalhos, independentemente se é brasileiro ou estrangeiro. Só acho que para elogiar o estrangeiro não precisa denegrir brasileiros ou botar abaixo. Tem bons estrangeiros e bons brasileiros fazendo bons trabalhos – disse ao Fox Sports.

Ainda neste assunto, Odair Hellmann também respondeu ao fato de Jorge Sampaoli vir num momento complicado no Atlético-MG e mesmo assim não ser questionado. Será que se fosse um brasileiro em seu lugar, a história não seria diferente?

— Há determinadas situações em que há mais paciência com uns profissionais e mais celeridade com outros, o que é natural dentro de um mercado competitivo, o de treinadores. Alguns já construíram história, como é o caso do Sampaoli. Eles são cobrados, mas com uma margem maior que outros profissionais – ponderou.

A título de comparação, na classificação atual do Campeonato Brasileiro, os três primeiros colocados têm comandantes estrangeiros à sua frente. Casos do Inter, com o argentino Eduardo Coudet, o Flamengo, com o espanhol Domènec Torrent e o Atlético-MG, com Sampaoli. Odair, em quarto com o Fluminense, é o primeiros entre os professores nacionais.

Tudo sobre o Fluminense reunido no site número 1 da torcida tricolor.

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