Como informou o NETFLU há pouco mais de duas semanas, internamente, o Fluminense prioriza a disputa das Copas (Sul-Americana e do Brasil), o que não quer dizer que vai abdicar do Brasileirão, que também é tratado com importância. Entretanto, neste mês de abril, o que tem se visto até o momento não é exatamente isso.
Por duas vezes, em entrevistas coletivas recentes, o técnico Abel Braga afirmou que ainda não houve uma definição clara sobre priorizar A, B ou C. Por isso, tem escalado o que tem de melhor à disposição nas três competições e poupado apenas em caso de necessidade, de acordo com o departamento médico e os fisiologistas do clube.
– Já conversamos, mas não chegamos a um denominador até agora (sobre priorizar). Não tem controvérsia. Estamos tentando sempre colocar aquilo que é o melhor para a equipe e vai continuar a ser assim. Eu, a cada jogo, escalando certo ou errado, escalo o que eu converso com o preparador físico e fisiologista. Se chegarem pra mim e falarem que não é pra pôr, eu não vou pôr. A gente tenta alguma coisa diferente, porque não tem mágica – destacou Abel após a derrota para o Internacional, nesse último sábado, dia 23 de abril.
Antes disso, no dia 06 de abril, logo após a vitória por 3 a 0 sobre o Oriente Petrolero (BOL), no Maracanã, pela estreia da Copa Sul-Americana, o treinador tricolor já havia batido nessa tecla, afirmando que “ninguém havia falado nada” sobre priorizar uma ou mais competições em detrimento de outras.
– Ninguém fala nada, então nós vamos jogando. Um dia melhor do que o outro. Tem uma coisa importante. Nós geramos um respeito muito grande. Perdemos para o Olimpia, isso me deixou mal, a reação foi imediata, mas ninguém vai ganhar fácil do Fluminense. Estamos bem esquematizados, com a mentalidade muito alta – afirmou o técnico na época, três dias depois do título carioca conquistado sobre o Flamengo.
Ao que parece, a grande questão que cerca o clube nesse momento é decidir o que quer. A indefinição sobre qual ou quais competições priorizar, diante de um elenco curto, tem esfacelado o grupo fisicamente. Nos últimos jogos, atletas como Yago, Caio Paulista, Manoel, André, Luccas Claro, Willian Bigode e Germán Cano chegaram a sentir.
Enquanto uns continuaram atuando no sacrifício, outros foram poupados e precisaram de um trabalho específico para poder retornar. A definição, seja qual for, precisa partir da diretoria e com agilidade. Nesta terça, o Tricolor volta a campo pela Sul-Americana, para enfrentar o Unión (ARG). Depois, pega o Coritiba fora, no sábado, pelo Brasileiro.