Mário Bittencourt foi empossado nesta segunda-feira e é, oficialmente, o novo presidente do Fluminense. Em entrevista, o mandatário tricolor afirmou que o clube precisa pensar grande, como gigante que é, e que precisa ir em busca de meios para aumentar sua receita.
– É inacreditável que as pessoas falem em gerir um clube de futebol e pensem em passar o tempo inteiro cortando despesa no core business do clube que é o futebol. Quando você entra no Fluminense está escrito Fluminense Football Club. O clube de futebol tem de ser responsável, mas pensar grande. Quando conversamos ontem (sexta-feira) com um possível patrocinador, a primeira pergunta que ele nos fez foi: “Vocês têm interesse em trazer grandes jogadores para que eu possa expor a minha marca em grandes jogadores?#8221; Isso é uma questão óbvia. O que não pode é gastar mais do que orçamento prevê. Isso é óbvio. Mas durante o tempo que estivemos aqui sempre entendemos que o Fluminense precisa ser criativo e pensar grande. Se a gente se contentar com simplesmente pagar as contas e contar despesas como eu trago as receitas? A eliminação do Fluminense na quarta-feira (Copa do Brasil) tirou do clube por uma passagem de fase algo em torno de R$ 3 milhões e tirou o Fluminense de uma competição que se ele vencesse ganharia R$ 70 milhões de prêmio. Como tudo na vida você precisa correr o mínimo de risco para poder ser vencedor. Tanto na vida pessoal como na profissional o risco faz parte do negócio. E qual é o risco de um clube de futebol? Às vezes você faz investimento que não dá certo dentro do campo, mas esse investimento é feito buscando aumento de receitas. Na nossa opinião se você não tiver dois ou três jogadores que façam com que o torcedor queira voltar ao Maracanã eu não aumento o programa de sócio futebol. E aí vou só diminuir a receita e cortando a despesa. Vai chegar um dia que vou me colocar numa situação de mediocridade, que, cá entre nós, sem ataque pessoal, o antigo grupo que estava aqui vinha levando. O Fluminense há quatro anos fica religiosamente em 13º lugar. Ou 14º porque se criou uma cultura que tem que diminuir sempre o departamento que mais traz receita. É preciso haver um equilíbrio. O presidente e o vice precisam pensar o clube que estão dirigindo de maneira gigantesca – desabafou ele.