O Fluminense tornou-se o fiel da balança desta edição do Campeonato Brasileiro. Quem agradece é justamente o líder da competição, o Palmeiras, de seu ex-treinador Cuca, que vem se beneficiando diretamente com o verdadeiro arrastão que o Tricolor vem promovendo entre os times que ocupam a parte de cima da tabela.
Entre os que estão no grupo de classificados à Libertadores (G4), o Fluminense derrotou o Flamengo (2 a 1), vice-líder; ganhou e empatou com o Atlético-MG (1 a 1 e 4 a 2), que fez apenas um ponto nos dois confrontos, e superou o Corinthians (1 a 0), atual quarto colocado, no duelo do primeiro turno.
Tais resultados, somados às duas derrotas para o Palmeiras (duplo 2 a 0), contribuíram decisivamente para que o Porco ocupasse a dianteira da tabela. Contribuíram também, evidentemente, para que o próprio Fluminense galgasse posições e esteja agora a apenas três pontos do time do seu também ex-treinador Cristóvão.
Segunda à noite, em Edson Passos, o Fluminense reencontrou o ex-atacante Fred pela primeira vez desde que ele deixou as Laranjeiras, há três meses. Coincidência ou não, o ex-capitão tricolor – espécie de espectador privilegiado da partida, já que pouco tocou na bola e foi substituído no intervalo – pôde assistir in loco à mais perfeita e entusiasmada atuação do Flu no Brasileirão (leia as impressões no Blog Terno e Gravatinha).
Foi um segundo tempo de cinema, com quatro gols construídos (três quase em sequência) com suor, inteligência e dedicação de seu mais veterano jogador – o incansável Magno Alves.
Douglas, Marquinho, Gustavo Scarpa e Maranhão assinaram a goleada tricolor por 4 a 2, mas em todos os gols as impressões digitais do Magnata estavam lá – até no de falta, de Scarpa, mas sofrida pelo atacante.
Saiu ovacionado, aplaudido, reverenciado. Magno Alves é profissional dedicado ao extremo e atleta genuinamente identificado com o clube. Em seu último contrato antes de voltar às Laranjeiras, com o Ceará, colocou uma cláusula em que seria liberado sem multa rescisória somente se recebesse proposta do Fluminense.
Privilégio tê-lo entre os nossos. Magnata quarentão, abnegado, está sobrando.
Que sua inspiração se multiplique entre todos nas Laranjeiras para que as vitórias do Flu renovem a alegria do grupo, da torcida e comecem também a pender para outro lado da balança.
O do próprio Fluminense.
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Leia também “Paixão redescoberta”, deste colunista, no portal Terno e Gravatinha.