O Brasil chegou neste domingo ao total de 78.871 mortos por Covid-19. A informação é do consórcio de veículos de imprensa formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, que reúne informações das secretarias estaduais de Saúde. O número é simbólico, pois ultrapassa a capacidade máxima do Maracanã (78.838), um dos estádios mais importantes do futebol mundial, conforme informação do Extra Online.
A marca mostra a dificuldade do país em reduzir o número de mortes. Há algumas semanas, o país é o líder mundial em mortalidade per capita por semana. A média dos últimos sete dias é de 1.043. Em segundo, os Estados Unidos possuem média de 758. Os dados são compilados pelo projeto Our World in Data, da Universidade de Oxford.
A próxima marca a ser atingida pelo Brasil é a das 80 mil mortes, o que pode ocorrer já nesta segunda. Foi há pouco mais de três meses, no dia 10 abril, que o número de óbitos chegou a mil. Em 9 de maio, já somava 10 mil. A partir daí, só tem crescido exponencialmente.
O próprio Maracanã virou personagem do período de pandemia. O complexo esportivo onde o estádio está localizado recebeu um hospital de campanha que tratou de vítimas de Covid. Mesmo assim, o Campeonato Carioca foi disputado no local. Foi lá que, na última quarta, o Flamengo sagrou-se campeão estadual. Dez pessoas morreram em dias de jogos.
Ao todo, sete partidas foram realizadas em sete datas diferentes durante a pandemia. Entre eles, três válidas por finais: a da Taça Rio e duas da finalíssima do Carioca. Houve morte em cinco datas diferentes, segundo números divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES).
Ainda de acordo com SES, a operação de jogos no Maracanã não atrapalha o trabalho dos profissionais da saúde na instalação ao lado.