Recém-eleito vice-presidente da CBF e agora primeiro na linha sucessória em caso do presidente licenciado Marco Polo Del Nero pelo critério da idade, o coronel Antônio Nunes é acusado de fraude na eleição que o reelegeu como mandatário na Federação Paraense de Futebol. Em dezembro de 2013, venceu pleito contra Ulisses Sereni e Luiz Omar Pinheiro e ambos apontam manobras obscuras no processo. Por lá, ele está em seu sexto mandato. – Ele jamais nos forneceu a lista dos votantes. Tivemos de ingressar na Justiça para ter acesso aos nomes dos eleitores, mas nem assim conseguimos – relatou Sereni. Diretor de futebol do Paysandu e empresário de 41 anos, Sereni faz denúncias ainda mais graves. – O coronel pagou passagem aérea e hospedagem para a maioria dos representantes de ligas dos 147 municípios do Pará. Não tinha como ser derrotado. Foi uma deslealde sem igual. Para quem morava a até 200 ou 300 quilômetros de Belém, ele mandou carros e ônibus – disse. Por fim, Ulisses Sereni ainda afirma que Nunes tem a fama de ser um pulso frouxo. Assim, será facilmente manipulado pelos aliados de Nel Nero caso ascenda ao poder na entidade máxima do futebol brasileiro. – O coronel Nunes é conhecido aqui no meio do futebol como um “Zé Mané”, totalmente inexpressivo. Se chegar à presidência da CBF, vai ser um cordeirinho dessa turma de Del Nero, Marin e Teixeira – contou.