Neste 5 de dezembro, o NETFLU comemora nove anos de existência. O projeto mais duradouro de minha carreira que ainda se encaminha para 15 anos e a responsabilidade por tocá-lo e mantê-lo por tanto tempo como o site mais acessado pela torcida do Fluminense são temas dos quais muito me orgulho.
É o nono ano que escrevo um texto como esse, mostrando nossa evolução com o passar das épocas. Deixou de ser incomum ter de explicar a nossa função, enquanto, majoritariamente, um portal de clipping. O tricolor já sabe. Até os que não aprovam o trabalho, mas seguem nos prestigiando.
O ano de 2017 foi duro para o Fluminense e, consequentemente, para o NETFLU. Ao contrário do que prints oportunistas sugerem, más notícias SEMPRE não “vendem jornal”. Clube sem títulos, ídolos, ambição não gera interesse de seu torcedor. Ele perde a vontade, o tesão de acompanhar seu time, porque só vê desesperança. O sofrimento por aqui chega em dose dupla. Mas a confiança do torcedor no trabalho, felizmente, não se perdeu.
O portal cresceu. Mais do que o esperado, menos do que deveria, talvez. O sucesso do Fluminense é o sucesso do NETFLU. O site nasceu logo após uma das mais traumáticas eliminações da história tricolor. A perda do título da Libertadores e a campanha de luta contra o rebaixamento foi sucedida da arrancada espetacular de 2009, os títulos de 2010, 2012 e o NETFLU, muito em função deste momento ímpar do clube, ganhou popularidade.
Por aqui, o tricolor, nem sempre, se sentirá bem. Mas não será enganado. Se determinada notícia não tem fundamento, a decisão é unilateral: acreditar ou ignorar. Em relação àquelas apuradas pela nossa equipe, até hoje, nenhuma foi desmentida. Quanto às clipadas, o desconfiômetro precisa estar ligado. E o objetivo, como sempre, é atingido: o torcedor, ao acessar o portal, tem a certeza de que não lhe falta nada sobre o que cerca o Fluminense.
Seguimos independentes e será assim até o dia que, seja por qual motivo, o projeto for inviabilizado. De nossa parte, continuaremos nos moldando à internet, que não para nunca, a fim de proporcionar para você o melhor conteúdo do Tricolor.
Alcançamos 150 milhões de visitas em setembro. Os concursos culturais continuam e, vez por outra, idealizamos promoções através de nossa loja virtual, que segue evoluindo e valorizando nosso público alvo, você, torcedor do Fluminense. Nenhuma outra loja praticou preços tão baixos como o Empório dos Guerreiros nessa Black Friday. O resultado foi o esgotamento de todas as camisas oficiais Under Armour em poucas horas.
Sobre a audiência, os números atualizados: 155 milhões de visitas, oriundas de 214 países e quase 1.200 cidades brasileiras. Nas redes sociais, mais de 570 mil seguidores.
E a relação com o clube? Sai gestão, entra “outra” e o novo tema é retaliação. Censura como aquela de 2016, não existe, porém são mais de seis meses sem permitirem que qualquer personagem do clube, seja jogador, dirigente, treinador ou presidente, conceda entrevista. Uma medida triste, antidemocrática, mas que, a essa altura, não surpreende.
No início do ano, participei, ao lado de outros jornalistas da mídia convencional e segmentada, de um café com o presidente na sede do clube. Papo bom, olho no olho e uma promessa de que o encontro ocorreria mais vezes. Escrevi na ocasião e comentei sobre a importância de site e clube caminharem juntos em determinadas ações.
Isso não significa, necessariamente, uma mudança na linha editorial. Dessa não abrimos mão. O estreitamento com o clube se daria para uma melhor comunicação com o torcedor, um dos grandes problemas do Flu, a meu juízo. Dar a devida importância a ele, para que se sinta representado.
As conversas não prosseguiram, o clube segue fechado e o maior site de Fluminense, como na gestão Peter Siemsen, continua sendo encarado como um obstáculo a mais para a tal reestruturação do clube, que, pelas minhas contas, já dura sete anos, com resultados nada promissores.
Recorrendo ao texto do ano passado, adiro o pensamento do sábio George Orwell que dizia que “Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade”. E fico por aqui, tocando o planejamento para o ano em que completaremos 10 primaveras, sempre com novidades e benefícios para o tricolor.
No mais, o meu muito obrigado àqueles que contribuíram para que o NETFLU se tornasse no principal canal de informação do Fluminense: Márcio Estanislau, Allex Ximenes, Bruno Braz, Diego Rodrigues, Karen Dias, Igor Menezes, Jonathan Christian, Luiz Carlos Máximo, Michael Simoni, Renata Jamús, J.T de Carvalho, Mário Bittencourt, Márcio Rocha, Roberto Sander, Manfrini, Roger Machado, Washington Coração Valente, Daniel Guimarães, João Marcelo Garcez, Beto Sales, Nina Lessa, Jorge Nunes, Marcos Caetano, Rafael Menezes, Rodrigo Mendes, Paulo Brito e, principalmente, você, leitor fiel.