O assunto dívidas foi um dos mais debatidos pelo presidente do Fluminense, Peter Siemsen, em entrevista à Rádio Tupi. Um contrato com uma empresa quase fez o mandatário desistir. Só não o fez, segundo o próprio, pela vontade de tirar o clube do buraco. Entenda:
– O Fluminense tem uma situação nesse ponto, vamos dizer assim, já em tratamento há dois anos. O clube possui uma dívida em torno de R$ 430 milhões, eu já assumi próximo de R$ 400 milhões, ou seja, cresceu pouco, considerando que tem correção trabalhista, fiscal. O Flu não desenvolveu novas dívidas. Teve correção de dívidas passadas e o reconhecimento de outras. O que assustou? O Fluminense tinha um contrato com uma empresa no mercado que vendia um agenciamento dos contratos na área de marketing por 10 anos para um adiantamento de R$ 5 milhões. Com os contratos de marketing, exceto o patrocinador master e a televisão, 50% da receita era para pagar os R$5 milhões adiantados e 10 anos pagando 20% de qualquer contrato, com a participação da agência ou não. Pedi explicações para a pessoa da gestão passada, depois mandei embora. Quando me explicou e eu li, só não quis renunciar, porque queria ajudar muito o Fluminense a se recuperar nessa parte que estava ruim. Renegociamos, fizemos um acordo. A empresa é uma boa parceira, então, não levamos nenhuma mágoa. Mas o que não pode é uma diretoria, com três meses para acabar o mandato, assinar um contrato desses. Isso assusta. Não foi por conta de dívida fiscal. Sabia que o Fluminense não pagava imposto há 30 anos, mas não sabia de um contrato dessa natureza – explicou Peter.