A morte nos trava. Ficamos paralisados, inertes, tentando desesperadamente acessar uma zona de conforto inacessível. Desejamos esquecer, não pensar, mas não é possível.
Abel Braga, técnico do Fluminense, perdeu João Pedro na manhã de ontem, depois que seu filho mais novo (18) teve uma crise de epilepsia e caiu do apartamento em que a família mora, no Leblon.
Uma onda de solidariedade rapidamente se espalhou no mundo do futebol. Clubes brasileiros e europeus mandaram suas condolências a Abel e família. O Fluminense, que decretou luto oficial de três dias, também agiu prontamente, mobilizando-se para prestar todo o apoio.
A CBF e todos os clubes aceitaram, respeitosamente, o adiamento da partida entre Ponte Preta e Fluminense. Não havia clima, óbvio, nem sentido. Diante da tragédia, tudo parece ficar pequenininho.
Até mesmo, nós, que nessas horas embarcamos numa viagem ao interior, refletimos sobre a nossa existência, o sentido da vida e de nosso papel por aqui.
Gostaria, como muitos, de dar um abraço em Abel agora. Trata-se de um cara espetacular, solidário, homem de grupo, muito querido pelos jogadores, que o tem como um paizão.
Abel se apressou em divulgar nota de agradecimento a todos. Vive seu luto. O choro é muito necessário.
Estamos todos irmanados, Abel! Isso não lhe basta, sabemos. Mas para o lado que você dirigir seu olhar, encontrará uma mão estendida, um abraço, uma palavra amiga.
Muita força pra você. Esperamos vê-lo sorrindo de novo em breve.
Por você mesmo, por João Pedro e por todos que te gostam e admiram.
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