O torcedor do Fluminense precisou esperar 32 jogos neste Brasileirão para conferir uma virada do time. E que virada! Ela aconteceu no Engenhão, o nosso Salão de Festas, palco de dois títulos brasileiros e um Carioca. O Tricolor derrotou o Botafogo por 2 a 1, gols de Marcos Júnior e Matheus Alessandro. Marcos Vinícius abriu o placar.
Com 12 SEGUNDOS, Bruno Silva deu uma chaleira em Marlon, finalizou forte e Diego Cavalieri encaixou. Aos 55 SEGUNDOS, Renato Chaves tenta sair jogando, adianta demais a bola, perde e na consequência da jogada, gol do Botafogo. Marcos Vinícius. Se existia uma estratégia, ela, novamente, foi por água abaixo.
O Fluminense iniciou mais uma partida, praticamente, tendo de correr atrás do marcador. Um time que não conseguiu uma virada sequer neste Campeonato Brasileiro sofreu pelo terceiro duelo consecutivo gol no início.
A equipe demorou a se encontrar. Teve mais posse de bola, mas agrediu pouco o Botafogo, que, limitado, mas sorrateiro e organizado, assustava nos contra-ataques, especialmente através das falhas individuais do adversário.
O Flu afunilava demais o jogo e consagrava Joel Carli e Igor Rabello com o excesso de chuveirinhos. Mas a equipe de Abel só apresentou algum perigo desta maneira, com Douglas e Renato Chaves, em cruzamentos de Gustavo Scarpa.
A partir dos 35 minutos, o Tricolor foi para o abafa e o Alvinegro recuou. Marcos Júnior puxava a marcação pelo meio, mas Henrique Dourado era um poste na frente. A bola batia e voltava. Pelos lados, só Marlon apoiava. Mateus Norton, volante de origem, não cruzou uma sequer.
Sornoza só tocava de lado e Scarpa era o único que ainda tentava uma jogada diferente, mas quase sempre através chutes na entrada da área ou bolas alçadas na área. O time grená, verde e branco também insistia em tabelar pelo meio. Quando não era assim, tocava, tocava, tocava, tocava e tocava infinitamente.
Apesar da posse de bola bem superior, o Fluminense foi pouco contundente. Faltavam infiltrações pelos flancos. O Botafogo agrediu mais, embora Diego Cavalieri não tenha feito grandes defesas.
E aos 33 segundos, a sorte poderia ter virado de lado. Gustavo Scarpa, num belo chute de fora da área, acertou o travessão.
O Fluminense partiu para cima do Botafogo, que passou a errar muito. Num dos erros, contra-ataque rápido, Henrique Dourado, que estava mal no jogo, deu a assistência para Marcos Júnior fuzilar. Era o empate.
O time de Abel continuou melhor, mas sem o mesmo ímpeto. Principalmente após as saídas de Sornoza e de Marcos Júnior. Wendel e Wellington Silva, os substitutos, não mantiveram o nível.
Mas no finzinho, brilhou a estrela de Abel Braga e de Gustavo Scarpa, que fez tudo certo. Aos 42 minutos, recebeu a pelota, cortou para o meio e esperou a infiltração de Matheus Alessandro, opção do treinador no lugar de Richard, machucado. Tocou para o garoto, que chutou forte, com vontade. ERA A VIRADA!
O Flu, desta vez, não deu sopa para o azar. “Furou a bola” e segurou o resultado que interessava. Faltam cinco pontos!
O Fluminense jogou o clássico com: Diego Cavalieri; Mateus Norton, Renato Chaves, Henrique e Marlon; Richard (Matheus Alessandro), Douglas, Sornoza (Wendel) e Gustavo Scarpa; Marcos Júnior (Wellington Silva) e Henrique Dourado.