Nobres tricolores,
em qualquer modalidade, o resultado, geralmente, é o que interessa. Mas no futebol jogar bem não é sinônimo de vitória, como errar em demasia não significa derrota garantida. O Fluminense que empatou com o Internacional foi superior àquele que derrotou a Ponte Preta. O problema são as conjunções adversativas.
Gostei do jeito de o time jogar no Beira-Rio, a postura tática. Mais ainda de não ver aquele espaço enooooorme entre os setores. Jogadores perto uns dos outros, minimizando o erro de passe. Claro que o petardo do Scarpa fez a partida ficar para o nosso lado, mas acredito que, de um jeito ou de outro, exploraríamos a fragilidade emocional do Colorado.
Mas quando se tem um árbitro desqualificado e jogadores muito limitados tecnicamente, já antecipo as desculpas pelo que vem a seguir, vai dar merda.
O juizão invalidou gol legítimo de Gum, fez vista grossa para faltas claras não marcadas a favor do Fluminense, como naquela sofrida por Wellington, que se tivesse um pouquinho mais de força quebraria a perna do ligeirinho.
Aliado a falta de competência do assoprador de apito, William Matheus. Tem como mérito deixar Giovanni, o único lateral da história do futebol que toma bola nas costas sem atacar, no banco. E só. Marca até razoavelmente bem, mas cruza mal, passa mal, não sabe driblar…
Na frente, Henrique Dourado. Não precisava vê-lo com a bela camisa tricolor para atestar sua inequívoca dificuldade de entendimento do que é uma bola de futebol. Se a pelota vem pelo chão, o negócio fica feio. Tabelar? Esquece. O centroavante meio corcunda (reparem!) só vai estufar a rede em jogada aérea, pois nisso é eficiente, e numa espirrada. Em todo o resto vai nos ceifar dos estádios e até da frente da TV.
Gostei muito do Cícero, Scarpa voltando a ser decisivo. Gum e Henrique, bem posicionados, seguros, Wellington Silva, o de sempre, mas Douglas vem mal. O garoto de Xerém sabe que é melhor do que a maioria dos meio-campistas do Fluminense. Mas se convenceu que é o Schweinsteiger. Tem vacilado demais não por falta de experiência ou técnica. Pura displicência. Uma falsa lentidão como se nos avisassse: “Relaxa, sou o dono da situação, tenho total controle”. Gol do Inter.
No segundo dos caras, marcado por Fernando Bob e a irrefutável lei do ex, falha geral. Àquela altura, escarcéu nas redes sociais. “Juiz ladrão, fdp, nos roubou…”Tudo verdade. Mas como esquecer dos inúmeros contra-ataques desperdiçados quando o jogo estava 1 a 0 para a gente? As tomadas de decisão, quase sempre, equivocadas, do nosso meia cerebral (ops) Marcos Júnior? Os cruzamentos no terceiro poste dos laterais, hoje o ponto fraco do Fluminense?
Levir tem trabalhado, o time mostra crescimento, os jogadores se esforçam, mas quando a insuficiência técnica é indubitável, a chance de êxito reduz.
Montaram um elenco suficientemente capaz de manter o Fluminense na primeira divisão. Proeza para uma ala da torcida que se deixou contaminar pela mediocridade. Mas no Brasileiro mais equilibrado – por baixo – dos últimos tempos, sonho e realidade se confundem.
Pra manter a chama acesa (sem trocadilhos ignominiosos com a Olimpíada), recomenda-se escalar melhor: Marquinho na lateral. Não precisa avançar tanto. Fecha o setor, cobre as subidas do Wellington e deixa o menino brilhar. O incendiário daria uma qualidade superior na saída de bola e transição para o ataque.
No comando de ataque, vamos no “não tem tu, vai tu mesmo”. Dos quatro centroavantes, o pior foi aquele que custou mais caro. Portanto, eu faria um revezamento, dependendo da situação do jogo. Ora Samuel, ora Magno Alves. Na linha dos três meias, uma troca de posição entre Marcos Júnior e Gustavo Scarpa. O camisa 40 precisa estar mais perto do gol, logo, a sugestão é que atue como armador centralizado, atrás do atacante mais próximo da área. E zé fini.
Podemos discutir a entrada do Jonathan no lugar do Wellington Silva, mas precisamos de um time inteiro. O “italiano” não aguenta o rojão. Aos 15 minutos do segundo tempo vai pedir pra sair. Então, deixa o desconjuntado na direita e vamos que vamos!
– Passou despercebido o bom jogo do Cavalieri, ou só lembraremos dele quando falha?
– Quando bem posicionados, e PROTEGIDOS, Gum e Henrique dão conta
– Torcendo para que Aquino seja o meia que tanto precisamos
– Danilinho sem velocidade é o Buchecha sem o Claudinho
– O que farão com Dudu e Maranhão no fim do ano?
Um grande abraço e saudações!
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