(Foto: Lucas Merçon - FFC)

Em um futebol recheado de clichês e verdades absolutas, Abel Braga desafia a lógica ao derrubar alguns temas recorrentes nas discussões entre torcedores e analistas. De um tempo pra cá, a palavra da ordem é “renovar” os bancos de reservas. O tal rejuvenescimento fortaleceu nomes como Zé Ricardo, Jair Ventura, Roger e Fabio Carille, que despontam nesta nova cena. Resistente ao tempo, Abel, no entanto, é a prova de que o trabalho independe da idade.

Em um clube sem recurso algum para investir, o técnico goza de um status de intocável que talvez só o gremista Renato Gaúcho tenha. No Fluminense, só uma catástrofe o tira do comando até o fim da gestão de Pedro Abad. Além de fazer uma boa limonada com poucos limões, Abel tornou-se uma espécie de porta-voz em um clube dividido por uma guerra interna. De salários atrasados às disputas por poder, ele surge como uma espécie de pacificador no Fluminense, e exerce o papel de rara unanimidade nestes dias confusos do Tricolor.

 
 
 

– Fico me perguntando qual o nosso rumo. Você não pode achar que a resposta tem de ser dada só no campo. Tem de ter segurança em quem te comanda. É um momento difícil. Vamos ver até onde vamos chegar – desabafou o treinador.