Eduardo Baptista foi o entrevistado programa “Bola da Vez”, da ESPN Brasil. O atual treinador do Palmeiras fez uma revelação. Quando técnico do Fluminense, foi obrigado a escalar o meia Ronaldinho Gaúcho na Florida Cup de 2016. Na época, o assunto acabou sendo muito comentado, mas o clube carioca desmentiu a condição.
– Fomos fazer a Florida Cup que, no contrato, tinha de colocar o Ronaldinho. Tinha a força de contrato. Mas falei que titular não seria. É exibição? Então vai jogar os últimos 20 minutos. Titular será a equipe que trabalhou duro. Mas não consegui barrar a vinda do Ronaldinho. Nada contra ele. Teve um caso, inclusive, lá em Orlando, ele chega para mim, me dá um abraço e me diz: “Poxa, professor, desculpa estar te atrapalhando de novo”. O cara é puro, uma criança, um cara sensacional. Expliquei para ele que estava treinando com o grupo, que tinha de dar moral aos caras que fizeram a pré-temporada e falei para que usaria nos últimos 20 minutos. Daí ele me disse: “Se me der 15 minutos com esses guris aí, já estou contente”. E aconteceu. Minha relação com ele é muito boa. Só que nós empatamos um jogo com um Shaktar. Quando o segundo tempo equilibrou, colocamos o Ronaldo e acabamos ficando com menos um, já que ele não estava treinando, ficou um tempo parado. Contra o Inter, o Argel botou o time titular inteiro os 90 minutos e eu tinha de colocar o Ronaldo. Estava no contrato e perdemos de 1 a 0 – contou Eduardo, que justificou o seu fracasso no Tricolor:
– Quando cheguei no Fluminense, lá existe um ambiente um pouco diferente. Tinha a questão do Ronaldinho, se fica, se não fica, se tinha que ser titular ou não. O time não vinha bem na competição. Não corria risco de rebaixamento, mas não vinha bem. Perdemos a semifinais para o Palmeiras, eliminamos o Grêmio no melhor momento dele. Em 2015 conseguimos atingir o objetivo traçado. Mas quando perdemos a Copa do Brasil, ganhamos do Avaí logo seguida e não cairíamos mais. A proposta inicial era dar oportunidade à base. O Jean estava jogando no sacrifício e demos férias, o Fred, contra o Palmeiras, também. Botamos alguns meninos para jogar e não tivemos resultados. Os resultados traçados para 2015 foram bons, a ideia era chegar na Copa do Brasil e perdemos para o campeão. Mas nos jogos finais foi se computado um percentual de aproveitamento e nós, com a diretoria, decidimos colocar os meninos. Lançamos o Douglas, o Nogueira, o Léo Pelé, que hoje é titular. O Scarpa ainda se enchendo para ser o Scarpa que é hoje, o Marcos Júnior. Mas não veio o resultado. Pegaram o percentual e jogaram para o outro ano.