Henrique Dourado foi o terceiro convidado do quadro NETFLU Entrevista neste ano. Antes, o zagueiro Renato Chaves e o ex-auxiliar Marcão falaram ao site número 1 da torcida tricolor.

No bate-papo, o Ceifador falou sobre seu momento no Fluminense, a desconfiança da torcida, a camisa 9, o apelido, que ganhou um sinônimo em Portugal e muito mais. Confira abaixo, na íntegra:

 
 
 

 

Trabalhar com elenco muito jovem

– É uma mescla que está sendo bastante trabalhada. Vem dando resultado. A gente, que já passou por outros clubes, procura dá um suporte maior. Todos têm nos ajudado, tem a cabeça muito boa. Se continuar dessa maneira, dentro e fora de campo, com o mais velho cobrando o mais novo e vice-versa. Isso tem de acontecer e assim que se forma um grupo.

Distribuição de canetas neste ano.  Zagueiro está bolado?

– (Risos) A preparação do atleta é muito importante. Ano passado não tinha a preparação ideal para enfrentar um mano a mano. Esse ano, bem trabalhado, aconteceu e acaba interferindo. A caneta saiu em dois jogos. É um recurso que usamos no jogo, nunca para menosprezar o adversário. Tem os lugares certos para tentar. O objetivo principal é sempre ajudar o Fluminense.

Possível saída no início de temporada

– Para mim não chegou nada de oficial. Muito se falou na imprensa, mas para mim nada chegou. A nova diretoria, junto com os membros da comissão, disseram que contariam se acontecesse. Sei que tenho muito a mostrar aqui no Fluminense. Cada dia tenho de me empenhar mais e mudar a imagem que ficou no ano passado. Acredito que o torcedor ainda tem um pouco de desconfiança, não só comigo, mas alguns remanescentes do ano passado, pois o grupo não foi bem. Muitos me perguntaram se isso é um cala boca para os críticos e eu falei que não. Venho trabalhando e quero dar a resposta dentro de campo, com o meu empenho, garra e meus gols, quando possível. Isso que estou buscando, além de mudar essa imagem que ficou. Todos os clubes uqe passei deixei uma boa imagem, sempre briguei por artilharia.

Camisa 9 foi oferecida ou escolhida?

– Me ofereceram. A diretoria estava conversando e me ofereceu a camisa 9. Não pensei duas vezes, não titubieie. Aceitei o novo desafio, até mesmo porque o camisa 9, no mundo do futebol, remete ao cara que faz o gol. Prezo muito também estar ajudando na marcação, uma assistência. O número da camisa não significa tanto quanto o número de gols que pretende e de vitórias. Claro que pela história da camisa 9 do Fluminense existe um peso maior. Vários grandes nomes já vestiram e para mim estava sendo uma honra também.

Ceifador no Brasil e Degolador em Portugal

– Foi na passagem pelo Palmeiras em 2014. Teve um jogo, acho que de Copa do Brasil, um era mata-mata e quando marquei o gol que liquidava a partida, fiz o gesto que saiu naturalmente. Ali pegou. Onde ia, a torcida pedia. Quando estive em Portugal, muitos acompanham o futebol brasileiro e muitos jogadores fizeram também. Fiquei bastante feliz. Você inicia uma comemoração e daqui a pouco a galera começa a fazer. Isso é bacana. Lá era conhecido como “Degolador”. Fiz gols em clássicos também e aí que a galera vai à loucura (risos).

Entrosamento do time

– Quando uma equipe tem uma construção organizada, que divide as responsabilidades no decorrer de uma partida, as coisas fluem. Cada um faz sua função bem feita. São jogadores que se encaixaram e a cada dia vem buscando um entrosamento maior e isso facilita para a gente. Nosso grupo tem assimilado muito bem a filosofia que o Abel e isso tem sido primordial para nós

Treinos em Laranjeiras, o que muda?

– Acho que muda a distância. É bem diferente, em termos de trânsito, essas coisas. Aqui a estrutura ficou de primeiro mundo, com academia, piscina, coisas que em Laranjeiras não temos. Mas não vejo problema se tiver de fazer um ou outro treino lá. O que o pessoal decidir, está decidido.

Carioca e Primeira Liga

– Em qualquer competição que o Fluminense disputar vai sempre em busca dos títulos. Claro que é só só o início e temos que trabalhar no dia a dia. Cada jogo é uma final e em todos competições, o Fluminense precisará buscar os títulos sempre.