(Foto: Lucas Merçon - FFC)

Efeitos do surto de COVID-19. Um dos clubes que preferiu buscar o acordo com seus jogadores para a redução salarial durante a pandemia, ao invés de impôr o corte na remuneração, o Fluminense teve que driblar a insatisfação por conta de atrasos para negociar. E uma das formas encontradas pelos dois lados como sinal de confiança um no outro foi colocar no papel as premiações pendentes de 2019. São elas:

  • 30% do valor recebido por ter chegado até as quartas de final da Copa Sul-Americana*;
  • 10% do valor pela classificação para a Copa Sul-Americana 2020 através do Brasileiro;
  • bicho pelas 12 vitórias conquistadas no Campeonato Brasileiro*;
    *premiações acertadas na gestão Pedro Abad.

O valor somado gira em torno de R$ 2 milhões, que deverão ser quitados antes do final do ano, assim como os direitos de imagem e salários que estiverem atrasados até dezembro. Segundo a cláusula de inadimplência do acordo, se o clube não honrar os compromissos dentro do prazo, a redução salarial será cancelada, e a direção será obrigada a pagar a diferença que havia cortado dos jogadores.

 
 
 

– Eles aceitaram fazer o acordo quando tinham valores atrasados. A primeira conversa foi: “Presidente, e os atrasados, como vão ficar?” Falei: “Não consigo pagar agora. Se estou pedindo desconto é porque não tenho dinheiro nem para o salário. Se vocês me permitirem pagar os atrasados do jeito que eu puder…” E eles aceitaram de forma parcelada. Consegui jogar tudo dentro do acordo, fiz um grande parcelamento e ainda com redução. E vou me esforçar muito para tentar cumprir – explicou o presidente tricolor Mário Bittencourt ao GloboEsporte.com.