Em uma longa explanação, Mário Bittencourt falou sobre o planejamento do futebol do Fluminense para 2024. O presidente deu uma série de argumentos para justificar o ano frustrante para o torcedor. Evitou usar a palavra “erro” na montagem do elenco e nas decisões, entende que houve equívoco no retorno dos titulares.
– Não vou chamar de erro. Vou chamar de decisões que a gente tomou que naquele momento que entendíamos que eram acertadas e que depois ao longo do tempo não surtiram o efeito que a gente desejou. Já falei sobre isso aqui várias vezes sobre a palavra planejamento. Você planeja tudo na vida, num clube de futebol, na sua empresa, na sua família, desejando o melhor. Às vezes as coisas não acontecem como planeja e você tenta corrigir o rumo – disse Mário, que elencou os problemas:
– Primeiro passa pelo fato de que a gente terminou o ano em 23 de dezembro. Tivemos um mês a menos de preparação. Vou falar sobre uma parte que espero que as pessoas façam um recorte tentando usar isso dizendo que estou falando mal do treinador que passou aqui, porque jamais faria isso. Houve uma decisão de início de competição, vocês vão se lembrar, onde botamos o time titular assim que voltou para jogar o contra o Bangu, ganhamos de 4 a 1, onde todo mundo ficou extasiado com o fato do time ter voltado e ganhado com quatro dias treinamento. Mas aquele movimento foi feito contrariando um pouco a preparação fisica, fisiologia porque entendíamos que precisávamos dar jogo ao time para ganhar a Recopa. Se deixássemos o time ainda treinando 15, 20, dias, a LDU viria para o jogo mais jogado e a gente só treinando. Então não sabemos, mas esse movimento que priorizamos ganhar a Recopa, porque era muito simbólico para nós, contra a LDU, no Maracanã. O time era líder do Carioca com garotos e a princípio iríamos esperar mais 15 ou 20 dias para botar o time titular no campo. Mas o Fernando (Diniz) teve essa decisão e nos justificou a decisão dizendo que precisávamos para a Recopa com ritmo e velocidade de jogo. Fez isso e deu certo, ganhamos a Recopa. Mas hoje acreditamos que isso tenha atrapalhado de alguma forma a continuidade no campeonato proque vieram as lesões, etc. Tivemos outras lesões, a maioria, traumáticas e não musculares. Há uma dúvida se isso foi um fator preponderante ou não, esse reinício muito rápido. Tivemos a lesão do André, por impacto, Cano, Keno ,várias não foram musculare,s mas por trauma. O time veio se esfacelando.