Em entrevista ao Podsim, do canal TV Carioca da Gema, no youtube, Paulo Angioni falou sobre sua experiência de décadas no futebol. Em dado momento, o diretor-executivo de futebol do Fluminense dissertou sobre a quantidade de profissionais estrangeiros no Brasil e se colocou de uma maneira de certa maneira polêmica, mas não inédita para o torcedor tricolor. E para quem gostaria de ver um técnico gringo no Flu, as chances, pelo visto, são reduzidas.
– Lá no início falei internamente que era um absurdo ceder tanto espaço para o estrangeiro no Brasil. Nada contra o estrangeiro no Brasil, mas acho que cinco estava de bom tamanho. Não tinha necessidade de aumentar para oito. A mesma coisa os treinadores. A gente permitiu durante muito tempo falar que o que tudo que é novo é aposta. Que aposta? Novo é renovação. Que tem de ser feita. De tanto se falar em aposta, alguém foi do lado de fora, contratou, deu certo e virou moda. E o pior é que a CBF estimula que você estude, fazer cursos que não são baratos e qual é o espaço de trabalho? Nenhum – disse Angioni, que seguiu:
– Eu aceito as excepcionalidades. Até aceito a excepcionalidade do treinador. O que não aceito é o domínio do mercado. Isso que discuto muito. Tanto jogador, quanto do treinador. Eu discuto a quantidade de pessoas no mercado. Não sou contra nada (estrangeiro no Brasil). Sou a favor do aproveitamento daqueles brasileiros que se dedicaram e estudaram e que merecem o espaço e que não podem ser considerados como apostas. Eu não sou contra o estrangeiro no Brasil, mas a forma como estão no Brasil.