Foto: Mailson Santana - FFC)

Fora do primeiro Fla-Flu pelas oitavas de finais da Copa do Brasil, Alexsander ficará um período no estaleiro e desfalcará o time em jogos importantes. Mas a torcida tricolor não precisa se preocupar em excesso. Ex-coordenador médico do clube, Michael Simoni falou sobre o tipo de lesão sofrida pelo volante (estiramento no ligamento colateral medial do joelho esquerdo) e tempo estimado de recuperação.

– Não tem motivo algum para desespero, principalmente depois que o exame de ressonância afastou a lesão de ligamento cruzado anterior, a lesão meniscal e outras situações mais complexas. Não há nenhuma razão para desespero. Entorse de joelho, lesão ligamentar, por mais que as pessoas classifiquem entre grau um, dois e três, essas classificações são para te dar um norte. No fundo, não tem como você qualificar uma lesão, um estiramento, já que eles são diferentes uns dos outros. Então, o importante era o exame clínico verificar se tem instabilidade, o que a gente chama de bocejo articular. Isso qualificaria a gravidade. Parece que divulgaram que era uma lesão grau dois, tratamento curto com imobilização com aquelas talas de velcro que você pode tirar para fazer fisioterapia. E o Fluminense tem um (histórico) processo de cicatrização acelerada, de recuperação baseada no aspecto biológico que o Filé (chefe da fisioterapia) faz maravilhosamente muito bem. Então o tratamento é à base de imobilização e o período de tempo é muito variável, depende da sequência clínica e do tratamento fisioterápico precoce – explicou Simoni, a pedido do NETFLU.

 
 
 

O médico continuou, explicando que não existe uma projeção exata para a recuperação. Baseado no tipo da lesão, Michael Simoni deu uma estimativa de quanto tempo Alexsander precisará ficar fora dos gramados para se recuperar totalmente.

– Difícil falar de tempo sem saber o grau da lesão. E quando eu falo grau, não adianta dizer que é um, dois ou três. Porque, na verdade, isso é uma maneira simplista de graduar uma lesão por estiramento de um ligamento. Então, eu vou seguir o que abordaram lá, uma coisa na casa de 45 a 60 dias. Assim, muito otimista 30 ou 35 dias, mas acho que eles teriam se pronunciado. Muito pessimista seria uns 90 dias. Essa é a avaliação baseada sem ter a noção de um exame clínico exato. É óbvio que uma entorse desse tamanho, num garoto desta idade, você não ter uma lesão de ligamento cruzado anterior, não ter uma lesão meniscal, já é uma grande coisa. Dentro do cenário que podia ter acontecido, aconteceu por uma questão da natureza do trauma uma lesão que não é agradável, mas muito menos grave do que poderia ter sido.