Manoel foi suspenso preventivamente após exame antidoping em jogo diante do River Plate (ARG), pela Libertadores, ter dado positivo para a substância ostarina. Lembra reportagem do site ge que o zagueiro do Fluminense não foi o primeiro e dificilmente será o último. Afinal de contas, a Conmebol tem histórico de ser bem rigorosa em casos de doping.
O portal recordou outros casos em que a entidade não aliviou nas punições aos atletas. Confira!
Rodolfo, do Fluminense, testou positivo para benzoilecgonina
O goleiro tricolor em 2019 testou positivo para benzoilecgonina, o principal metabólito da cocaína e proibida no regulamento de doping. Inicialmente punido por três anos, Rodolfo entrou com um recurso na Conmebol, que o liberou para jogar futebol após um ano, sete meses e 20 dias de suspensão. A substância tem impacto no sistema cardiovascular, com o aumento da frequência cardíaca, e também provoca um incremento das secreções salivar, gástrica e pancreática, além de suor intenso. No corpo de um atleta, isso é capaz de aumentar o desempenho físico.
O gancho de três anos se deu porque Rodolfo era reincidente. Ele já havia sido pego no doping em 2012, quando atuava pelo Athletico-PR, pela mesma substância. Ao chegar no Fluminense em 2018, Rodolfo reconheceu que era dependente químico, mas que estava livre das drogas desde 2014. A reincidência no doping aconteceu no dia 23 de maio de 2019, depois da vitória por 4 a 1 sobre o Atlético Nacional, da Colômbia, pela Copa Sul-Americana. Assim como Manoel, ele era reserva e não havia entrado em campo. O último clube foi o Oeste, de São Paulo.
Guerrero, do Flamengo, testou positivo para benzoilecgonina
O principal atacante da história do Peru também testou positivo para a mesma substância que Rodolfo. Pego em antidoping pela Conmebol em novembro de 2017, em um jogo pelas Eliminatórias da Copa, Paolo Guerrero foi suspenso preventivamente por 30 dias. Ele e a defesa alegavam que houve contaminação em um chá tomado na concentração.
Depois de julgado, foi punido por seis meses e, na última instância, por 14 meses, o que o tiraria da Copa do Mundo daquele ano. Depois, Guerrero conseguiu um efeito suspensivo para disputar a Copa, poucos dias antes da estreia. No total, ficou oito meses parado. Hoje ele está no Racing, da Argentina.
Miranda, do Vasco, testou positivo para canrenona
O zagueiro do Vasco foi pego no antidoping com uma substância diurética (que faz a pessoa urinar mais vezes) no em dezembro de 2020, no jogo contra o Defensa y Justicia, pelas oitavas de final da Sul-Americana. Miranda e o Vasco foram notificados em junho de 2021 e três meses depois ele foi suspenso preventivamente pela Conmebol. A punição definitiva de um ano ocorreu em junho de 2022, quando já havia cumprido boa parte da suspensão. Hoje ele segue no Vasco.
Camacho e Thiago Heleno, do Athletico-PR, testaram positivo para higenamina
A substância utilizada em suplementos para perda de peso tirou os dois jogadores do Furacão de ação por seis meses. Inicialmente, o zagueiro do Athletico havia sido flagrado pela Conmebol pelo uso do suplemento. O clube, em seguida, perguntou aos outros jogadores se mais alguém havia tomado e o volante se manifestou. Segundo o Athletico-PR, os dois foram induzidos a tomar o suplemento por funcionários, que foram demitidos. Camacho hoje joga no Santos, enquanto Thiago Heleno segue no Furacão.
Moisés Ribeiro, da Chapecoense, testou positivo para corticoide
Em 2018 o volante da Chape foi pego em exame antidoping após uma partida pela Libertadores e recebeu dois anos de punição do Tribunal Disciplinar da Conmebol. A Chape discordou da punição e estudou recorrer, mas Moisés Ribeiro ficou dois anos afastado dos gramados. O corticoide encontrado no exame de Moisés é considerado doping porque gera aumento de desempenho nos atletas, é um hormônio esteroide e possui ação anti-inflamatória.
Fred, da seleção brasileira, testou positivo para hidroclorotiazida
O volante, hoje no Manchester United, ainda jogava na Ucrânia, quando foi convocado para jogar a Copa América de 2015. Ele foi flagrado no exame antidoping divulgado depois da competição para o diurético hidroclorotiazida. Inicialmente, Fred foi punido pela Conmebol por 12 meses, mas apenas para competições organizadas pela entidade. Em fevereiro de 2016 a Fifa deu seu parecer sobre o caso e estendeu a punição a nível mundial.
Fred voltou a jogar em julho de 2016, mas por pouco tempo: a Agência Mundial de Antidoping (“WADA”, na sigla em inglês) apelou à Fifa e conseguiu fazer com que ele cumprisse mais cinco meses de gancho. Ao todo, ele ficou praticamente um ano sem poder entrar em campo: de dezembro de 2015 a junho de 2016; e de fevereiro a julho de 2017.