Entra ano, sai ano e o cenário não se altera. A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro tem lucro com a arrecadação de taxas e os clubes, protagonistas do espetáculo, acumulam prejuízo.
Na Taça Guanabara, a Ferj teve superávit de R$ 340 mil, enquanto Fluminense, Botafogo, Flamengo e Vasco, juntos, amargaram um rombo de R$ 1,7 milhão.
Somente a decisão entre Flamengo e Boavista, mesmo realizada no Espírito Santo, rendeu R$ 121 mil à Federação Carioca, algo que Botafogo, Fluminense e Vasco não conseguiram no torneio inteiro. O campeão do turno do Estadual, aliás, só é exceção nessa realidade porque vendeu dois mandos de jogo, nas únicas partidas que lhe renderam lucro nessa fase do Estadual.
O Vasco registrou o segundo maior prejuízo da Taça Guanabara, com resultado negativo de R$ 419,2 mil em cinco jogos. Só o Botafogo teve dívida maior graças ao Estadual, amargando R$ 809,8 mil no vermelho em seis partidas – a média é de quase R$ 135 mil partidas a cada duelo realizado no Carioca.
Completa a soma de R$ 1,7 milhão em prejuízos para os quatro grandes do Rio os R$ 410,8 milhões que o Fluminense perdeu com suas cinco partidas – assim como Botafogo e Vasco sem nenhum resultado positivo.
A Ferj, por sua vez, encheu os cofres na Taça Guanabara com taxas de quase 10% em relação à renda bruta dos jogos dos grandes. Na decisão, por exemplo, faturou 9% do total arrecadado.
Já os pequenos são poupados dessa taxa da Federação quando se enfrentam, tendo que pagá-la, porém, quando enfrentam Botafogo, Flamengo, Fluminense ou Vasco. A maioria dos clubes também terminaram a Taça Guanabara no vermelho