Conhecido por ter um estilo que prioriza a posse de bola, Fernando Diniz avaliou o desempenho do Brasil após a derrota por 1 a 0 para a Argentina, terça-feira, no Maracanã, pela sexta rodada das Eliminatórias. O técnico, inclusive, citou o Fluminense na Libertadores. O treinador viu evolução na seleção, mas destacou também que não se liga em estatísticas.
— Eu vou falar a mesma coisa que falei quando o Fluminense ganhou a Libertadores: você não pode achar que a vida é só estatística. Se ela for só estatística está tudo muito ruim. Mas se a gente analisar como um processo de mudança, de jogadores, teve muitas coisas. Hoje (terça) tivemos três jogadores que disputaram a última Copa do Mundo, a Argentina teve quase um time completo. E jogando assim, com confiança plena, porque se a Argentina perdesse hoje, como perdeu do Uruguai, tinha uma aceitação do público diferente. Então, o desempenho está oscilando. Contra a Colômbia eu falei que jogamos boa parte do tempo melhor. E quando a gente fala não tem um impacto grande. O treinador da Argentina assistiu ao mesmo jogo que eu, ele concordou – falou, prosseguindo:
— O desempenho a gente controla. E eu acho que é um caminho. Quando você controla o treinamento, as coisas que você pretende fazer no jogo, mas às vezes o resultado escapa. Como é que vai fazer para ganhar? Deixar de evoluir, deixar de construir? Deixar de acreditar nos meninos que jogaram hoje, um monte que nasceu nos anos 2000? Isso é o futuro que a gente tem. E os jogadores se empenharam. Se conseguir ir melhorando isso, a tendência é de os resultados aparecerem de maneira consistente. Agora, se a gente ficar na tua pergunta, é uma pergunta que a resposta já está dada. A Venezuela empatou, depois meteu 3 a 0 no Chile. Não tem mais boa. A Venezuela não é mais a Venezuela de 40 anos atrás. E você vai ver isso nas eliminatórias. A Argentina perdeu do Uruguai agora, e esse é o futebol de hoje.