Dia de estreia no Fluminense. Depois do adeus emocionado de Abel Braga na segunda-feira, o Tricolor das Laranjeiras vinha com novidade no banco de reservas: Vanderlei Luxemburgo. Com o objetivo de renovar os brios do Tricolor, que vinha de cinco derrotas consecutivas, o técnico chegou pregando “indignação pela derrota” e trabalhando firme, na véspera do duelo contra o Cruzeiro. Já durante a partida, a equipe se mostrou ainda desorganizada, se deixando dominar boa parte pela Raposa.
Esperto, Luxa evitou fazer grandes modificações no Tricolor das Laranjeiras. A principal delas foi escalar a equipe com dois atacantes, ao invés de três, puxando Jean para a lateral-direita, já que Bruno e Wellington Silva não estavam disponíveis para o duelo. Diguinho reforçou o meio, ao lado de Edinho. Nesse contexto, se as modificações foram poucas, a postura do Fluminense pouco mudou também. Confuso, o Tricolor se mostrava acuado, recebendo as investidas do Cruzeiro. Mas, desta vez, a sorte estava do lado verde, branco e grená. Mesmo perdendo pênalti na primeira etapa, Fred se redimiu e marcou o gol da vitória do Fluzão.
Se os comandados de Vanderlei não apresentavam plasticidade em suas jogadas, Cavalieri fechava o gol da maneira que podia. Com grandes defesas, o arqueiro foi uma das grandes figuras. Deco, novamente mal, foi substituído ainda na primeira etapa, sentindo dores. A partir de sua saída, Flu melhorou na movimentação, com Felipe bem mais ligado do que o luso-brasileiro.
Vale ressaltar ainda as entradas de Igor Julião e Kennedy, formados em Xerém, que modificaram o ritmo da equipe, apoiando bem o ataque, ditando o ritmo do Flu na etapa final.
Diferentemente de outras partidas, os deuses do futebol resolveram dar uma mão para o Time de Guerreiros. Mesmo sem mostrar uma estrutura tática no nível da grandeza do clube, o Tricolor abriu o placar, auxiliado pela cabeça de sua grande estrela. Aos 32 minutos, Carlinhos cruza para a área, Kennedy tenta o voleio e a bola sobra para Fred, que empurra para o gol de cabeça. O atacante comemora muito, extrapola, vibra. E olha que o adversário era o Cruzeiro, equipe que projetou o camisa 9 para o mundo.
A partir do gol a equipe se postou de forma mais tranquila em campo, esperando a Raposa, para contra-atacar. Pelos pés de Kennedy, quase ampliou. Mesmo sem ter sido senhor da partida, o Tricolor foi brindado, desta vez, com um bom resultado. Será que a maré está mudando?