Muricy Ramalho foi de herói a vilão no Fluminense (Foto: Photocamera)
Muricy Ramalho foi de herói a vilão no Fluminense (Foto: Photocamera)
Campeão brasileiro pelo Fluminense em 2010, Muricy Ramalho teve uma passagem com altos e baixos no Tricolor das Laranjeiras. Um dos grandes momentos de sua trajetória no Time de Guerreiros foi quando o treinador recebeu um convite para comandar a seleção brasileira, mas não aceitou. Ele contou como foi a conversa com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, naquela ocasião.

– Acho que não aconteceu em nenhuma parte do mundo um treinador falar não pra seleção do seu país. Cheguei no clube de golfe… clube de golfe, cara? Aí, ele vem de lá todo cheio de… Já tomou café? Já tomei café, cara. Já estava meio invocado. Já não gostei, Aí me paravam as pessoas. Falei: “Que loucura cara, estou vindo em uma reunião pra discutir o time da Copa do Mundo e o cara me traz assim, me expondo. Fiquei três horas e meia conversando com ele. Olhava para o cara. Porque tenho que ter firmeza na pessoa, o cara tem que ser meu parceiro.

 
 
 

O ex-técnico do Fluminense reiterou que preferiu manter a palavra de permanência no Tricolor das Laranjeiras.

– Nada, não vale só o salário, só o contrato, Vale ter parceria, cara, eu não senti isso, sabe, senti uma coisa meio vaga, que nem aconteceu com o Mano Menezes. E tiraram Mano puseram outro. Senti que era de momento, que eu era melhor técnico do Brasil naquele momento e eles queriam dar uma satisfação pra alguém. Mas eu não sou cara que me iludo com as coisas, pra você me entusiasmar tem que me mostrar mais coisas do que é, tem que ser coisa segura, de parceria, e ele nunca me convenceu. E aí veio a pergunta fatal, meu, porque eu falei que não vou aceitar. Cheguei no final da conversa, ele me disse: “Muricy você vai ser o técnico da seleção brasileira já estamos combinado”. Eu falei: “Não, tem um problema”. Ele meio arrogante me perguntou qual era o problema? Falou com as mãos, me deu com as mãos. Qual é o problema? Eu respondi: “O problema é eu dei a palavra pro Fluminense e vou ficar dois anos lá. E não posso chegar agora ligar e não vou mais, não é assim.” Falei pra ele que não era bem assim.


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