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Muricy explica saída polêmica e afirma ter provado carinho e respeito pelo Flu

Redação

Um dos principais personagens da conquista do título brasileiro de 2010 do Fluminense, que completa dez anos no sábado, foi Muricy Ramalho. Já tricampeão da competição com o São Paulo, chegou ao Tricolor das Laranjeiras naquele ano com a esperança de comandar o Flu a um título que não conquistava desde 1984. E conseguiu.

Porém, o caminho não foi fácil e a passagem poderia ter sido interrompida quando recebeu, no decorrer do Brasileirão, convite para substituir Dunga no comando da seleção após a Copa daquele mesmo ano. Já em 2011, deixou de ser herói para a torcida e virou vilão ao pedir demissão de maneira polêmica.

O técnico falou sobre esses assuntos. No episódio do não à CBF, o treinador afirma ter demonstrado o quanto respeitava e tinha carinho pelo clube, tomando uma atitude que a maioria não teria.

— Acho que a principal prova de carinho e respeito que eu tive com o Fluminense foi quando eu abri mão do meu sonho que era treinar a seleção para ficar no clube. Creio que nenhum técnico teria feito o mesmo. Eu não podia ter largado o time naquele momento, quando estava atingindo a primeira colocação. Acho que é isso que fica para mim, muita gente não acreditava que eu iria continuar, inclusive os próprios jogadores. E depois com a permanência, a equipe se fortaleceu ainda mais. Sobre minha saída, desde o começo eu falei sobre a importância do clube se estruturar, minha vontade sempre foi melhorar o Fluminense e creio que tenha feito o meu melhor pelo clube – disse ao O Dia.

Já em entrevista ao jornal O Globo, além da questão da estrutura, o técnico atentou para o fato da mudança de gestão do clube. O recém-eleito para a presidência Peter Siemsen modificou o quadro de pessoas com quem Muricy já trabalhava no futebol durante a gestão de Roberto Horcades.

— Eles disseram que a estrutura ia começar a melhorar. Mas o Fluminense não tinha o pensamento e o dinheiro para ficar fazendo CT e essas coisas todas. Fizemos algumas adaptações. Nosso período integral era treinar de manhã, ir para o hotel, descansava e treinava à tarde. Fizemos uma reforma no vestiário. Os jogadores entravam com chuteira com barro. Nunca perdemos treino por falta de estrutura. O motivo para sair foi que tínhamos uma equipe de trabalho, fizemos uma equipe. Sou um tipo de treinador que não levava um ônibus junto comigo. Mantive a maioria das pessoas do próprio clube. Mudou a presidência e começou a tirar todos. Tirou o Alexandre (Bittencourt, assessor de imprensa), o diretor de futebol, e você começa a desmontar uma estrutura que estava dando certo. Falei que ia rescindir porque estavam saindo todas as pessoas que ganharam lá – contou.

Tudo sobre o Fluminense reunido no site número 1 da torcida tricolor.

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