Fluminense parecia um time de juvenis em campo (Foto: Bruno Haddad - FFC)
Fluminense parecia um time de juvenis em campo (Foto: Bruno Haddad – FFC)

Por Rodrigo Mendes

Sem alma, sem vergonha, sem rumo… Este é o retrato atual do Fluminense. Por mais que se mudem os técnicos, o time segue um bando desorganizado e previsível em campo. Na noite deste sábado, na estreia de Eduardo Baptista (o quarto treinador no ano), quem deu a sorte de cruzar o caminho tricolor foi a Ponte Preta. E seguiu o show de horrores da equipe das Laranjeiras descendo ladeira abaixo e caminhando a passos largos rumo à zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. No Moisés Lucarelli, a Macaca nem precisou se esforçar muito para vencer por 3 a 1. Os gols paulistas foram de Borges, Fernando Bob, de pênalti, e Marlon (contra). Gustavo Scarpa descontou.

 
 
 

Com poucos minutos de bola rolando, já dava para se perceber que a Ponte Preta era favoritíssima a vencer a partida. Pareciam profissionais jogando contra juvenis. Mesmo desfalcada de cinco jogadores (entre eles o meia Bady e o atacante Biro Biro), a Macaca era organizada e consciente do que precisava fazer em campo. Ia tocando a bola e achando seus espaços frente a um bando. Logo cedo, Borges recebeu às costas de Léo Pelé e abriu o marcador com um belo chute cruzado.

Atordoado, o Fluminense nada conseguia fazer em campo. Tinha dois laterais incapazes de apoiar e marcar. Os volantes não ajudavam a defesa e, tampouco, na criação. Cícero e Scarpa, responsáveis pela articulação das jogadas, eram figuras nulas. O esforçado Osvaldo, correndo feito um louco para todo o lado, era o único que ainda tentava algo de diferente. Porém, em nenhum momento foi efetivo. Fred, na frente, mal pegava na bola.

Do outro lado, a Ponte sabia explorar bem as fragilidades de um time horroroso. O segundo dos paulistas saiu após Diego Oliveira receber livre na área e sofrer uma entrada cretina e desnecessária do péssimo Renato. Pênalti bem marcado e convertido por Fernando Bob. Já no fim do primeiro tempo, o mesmo Diego Oliveira encontrou uma avenida pela direita, fez o que quis com o perdido Douglas e cruzou para Borges escorar. A bola, no entanto, ainda desviou em Marlon e o árbitro anotou gol contra do zagueiro.

Na volta para o segundo tempo, Eduardo Baptista lançou Marcos Júnior no lugar de Osvaldo e o Fluminense deu a falsa impressão que poderia reagir ao descontar com um minuto com Gustavo Scarpa. O time até deu uma animada e igualou as ações num primeiro momento. A Ponte Preta, por sua vez, passou a administrar o resultado e sair só na boa.

Conforme o tempo foi passando, Eduardo Baptista notou que precisava fazer algo para mudar a história do jogo. E tentou. Promoveu, primeiro, a entrada de Ronaldinho e, depois, a de Wellington Paulista nos lugares de Douglas e Gustavo Scarpa, respectivamente. Tais entradas, no entanto, pouco contribuíram e o jogo foi ficando chato, monótono e se arrastou até o fim com a tranquila vitória da Ponte. Tá difícil a vida tricolor. Se não abrir o olho, vai brigar para não cair.

O Fluminense jogou com: Diego Cavalieri, Renato, Gum, Marlon e Léo Pelé; Douglas (Ronaldinho), Edson, Cícero e Gustavo Scarpa (Wellington Paulista); Osvaldo (Marcos Júnior) e Fred.


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