Promotor do Direito do Consumidor do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), Roberto Senise, na investigação do caso Héverton acabou descobrindo uma fraude bancária de “até R$ 600 milhões” envolvendo o banco Banif, ex-patrocinador da Portuguesa.
Em princípio, tal fraude não está relacionada ao episódio que culminou com o rebaixamento do clube para a Segunda Divisão do Brasileiro. Senise informou que o banco está sendo investigado por crimes em operações casadas, nas quais emprestava dinheiro para empresas usando conta de pessoas físicas.
Isso, inclusive, aconteceu com a Portuguesa depois de Manuel da Lipa assumir a presidência do clube, em 2005. Ele e seu vice na época, Roberto Cordeiro, abriam contas para conseguir empréstimos do Banif, que era presidido por um conselheiro da Lusa, para pagar dívidas da agremiação.
Posteriormente, Luiz Laúca assumiu a vice-presidência da Portuguesa e seguiu executando a operação. Então, o Banif de Portugal, em 2013, chegou a intervir na administração brasileira para cobrar as dívidas do clube (cerca de R$ 40 milhões), feitas por Da Lupa e Laúca. Senife informou também que outras empresas faziam operações semelhantes com o banco e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-SP está investigando o ato.