A Corte Arbitral do Esporte (CAS) julga nesta segunda-feira o atacante Michael, do Fluminense, por uso de cocaína no início de 2013. A sessão será realizada no Rio de Janeiro. Apesar de ter cumprido a pena, a Agência Mundial Antidopagem ingressou com um recurso no CAS para um novo julgamento.
– O jogo no qual foi feita a coleta foi em 6 de abril de 2013. O resultado da primeira análise foi em 2 de maio de 2013. No dia 6 de maio de 2013, ele foi notificado sobre o resultado positivo e foi suspenso provisoriamente no dia 17 de maio de 2013. No fim de fevereiro de 2014, a Fifa pediu para a CBF a cópia integral do processo traduzida. Em 18 de março de 2014, a CBF informou que estava enviando. De lá até o fim de outubro de 2014, a Fifa e a Wada não impulsionaram o processo. No nosso entendimento, isso tem que ser computado para quem gerencia o sistema de dopagem, que é a Wada (Agência Mundial Antidopagem). Vou brigar para que o Michael não seja condenado a dois anos e seja mantida a decisão da Justiça Desportiva Brasileira – explicou o advogado Daniel Cravo, que defenderá o jogador.
A demora no julgamento pela Wada é semelhante ao caso de Jobson, do Botafogo. Também flagrado por uso de cocaína, o atacante admitiu ainda ter usado crack. O STJD julgou e condenou o jogador a cumprir dois anos de suspensão. No entanto, após recurso, a pena foi reduzida para seis meses e cumprida no primeiro semestre de 2010. Naquele episódio, a Agência Mundial Antidopagem também entrou com um recurso por considerar a punição muito leve e pedindo a pena base para casos de doping, que é de dois anos de suspensão.