Um domingo especial para os torcedores do Botafogo, que disputavam sua “Champions League”, como costumam dizer os tricolores, já que a equipe de General Severiano não vem fazendo boa figura nacionalmente falando. E, dentro de campo, foi exatamente isso o que pareceu: enquanto o Time de Guerreiros parecia jogar desafinado, mais na base da individualidade do que no conjunto, o adversário atuava com sangue nos olhos.
Num primeiro momento, parecia que os comandados de Abel tomariam as rédeas da partida, pressionando o Botafogo. Wellington Nem e Rhayner, pelas pontas, tentavam confundir a marcação adversária, se movimentando bastante. Os ânimos, aliás, estavam exaltadíssimos. Com o campo escorregadio, lances truculentos eram as “estrelas” do jogo. A falta de controle por parte do árbitro Marcelo de Lima Henrique, velho conhecido dos tricolores, também. Os amarelos, coincidentemente, sobravam para os tricolores, mesmo em jogadas divididas. Na dúvida, o apito soava contra o Tricolor.
A primeira chega firme do Time de Guerreiros aconteceu aos 25 da etapa inicial. Num cruzamento rasteiro de Carlinhos, Jefferson bateu roupa e quase que Nem conseguiu pegar o rebote antes da recuperação do arqueiro. Seis minutos depois, Rhayner recebeu grande passe na ponta esquerda e encheu o pé, obrigando o goleiro adversário a fazer grande defesa. A equipe das Laranjeiras, mesmo sem padrão tático, conseguia chegar, mas não era o suficiente.
O balde d’água fria veio aos 40 minutos. Lucas, lateral do Bota, chuta de muito longe, a bola desvia no calcanhar de Dória e Rafael Marques, de esquerda, bate firme, abrindo o placar.Impedido, diga-se de passagem. O golpe fez efeito.
Na segunda etapa, tomado mais pelo desespero do que por qualquer consciência tática, o Tricolor parecia um bando espalhado em campo. Avançando sem coordenação para o ataque, a equipe deixava muitos espaços para o Alvinegro contra-atacar com muito perigo. A parte física também pesava. O certo é que estava mais perto do Time de Guerreiros sofrer o segundo gol do que empatar. E assim foi se arrastando o confronto. Ao passo que o Botafogo chegava sempre rápido, aproveitando-se dos erros do Flu, os comandados de Abel pecava na criatividade e no último passe.