(Foto: Lucas Merçon/FFC)

Convocadas para a I Fase de Preparação visando o Campeonato Sul-Americano Sub-17 deste ano, as atletas Luany Rosa, Luiza Travassos e Tarciane Karen, do Fluminense, voltaram às atividades do clube na última quinta-feira (24/09), no Centro de Treinamento Vale de Laranjeiras (CTVL), em Xerém. Em conversa com o site do Tricolor, as jogadoras falaram sobre como a experiência agrega e suas metas futuras, depois de ficarem entre 12 de agosto e 09 de setembro, na Granja Comary, em Teresópolis, Região Serrana do Rio, se preparando para o torneio previsto para novembro, no Uruguai.

Fluminense: Vocês foram convocadas e já estiveram na Granja (Comary) em um período de treino. Agora estão voltando aos trabalhos no Fluminense. O que representa este tempo na Seleção, para vocês e para o clube?

 
 
 

Tarciane: Acho que a gente traz bastante aprendizado, o período de treinamento lá é muito intenso. Quando a gente chega aqui, coloca essa intensidade mais alta e as meninas do time acabam nos fazendo de exemplo, se espelham na gente. Isso é muito importante para nossa carreira profissional, nossa caminhada. Cada dia lá, a gente lembra do que passou para chegar à seleção, então a gente transmite para as amigas no clube toda essa experiência, para que elas acreditem e confiem no potencial que têm.  É uma contribuição importante.

Luany: Ajuda muito quando a gente sai de uma seleção para um clube, muda tudo, a gente pega uma experiência muito boa lá, conhece meninas novas. É outro mundo, outros treinos. A intensidade é muito alta. Então, quando a gente volta para o clube não é que seja fácil, mas trazemos outro pensamento, outro ritmo de jogo, outra força.

Luiza Travassos: A gente pode aprender mais, ter mais experiência, eu acho que isso de conhecer outras meninas e estar jogando com outras atletas da nossa idade, que também foram selecionadas, é uma coisa que facilita para aprendermos coisas novas. Quando a gente chega aqui, todo mundo quer está lá de novo, então temos manter a qualidade aqui, dar um esforço a mais no clube para poder voltar. Isso só motiva a gente a continuar treinando para poder voltar para lá e continuar vivendo esse sonho.

Fluminense: Na seleção vocês têm contato com jogadoras de diversos lugares do país. Atletas que jogam em diversos clubes. Como funciona, no futebol, essas diferenças?

Tarciane: Eu acho que, quando a gente chega lá, veste a camisa, a gente não consegue diferenciar isso. Porque estamos vestindo a mesma camisa, no mesmo ambiente, no mesmo local, vamos comer da mesma comida, vamos viver do mesmo momento, do mesmo treino, quando a gente chega lá não pensamos nas diferenças. Só pensamos em viver o momento que estamos ali, aproveitar bastante.

Luiza: Lá todo mundo é Brasil, não é clube, nenhum outro time. A gente acaba nem percebendo diferença. É todo mundo Brasil, quando acaba a convocação, a gente traz apenas a experiência da seleção unida.

Luany: Todas estão brigando em favor da mesma coisa. Do crescimento da seleção, então não há diferenças.

Fluminense: Vocês fizeram esse período de preparação e em novembro tem uma convocação, qual a expectativa?

Tarciane: Quando a gente saiu de lá, eles falaram para continuar mantendo o nosso treino, a nossa resistência, trabalhando forte, mas acho que eles já viram quem vai voltar na próxima convocação. Por isso que foi muita entrega, bastante intenso, de todo mundo, muita garra em todos os treinos, acho que eles já têm a lista deles e acho que a gente está nessa lista.

Luany: Fizemos nosso papel, nosso trabalho, treinamos e respeitamos, demos o nosso melhor lá. Estamos na espera e nos preparando cada vez mais e esperamos, se Deus quiser, voltar para o campeonato.

Luiza: Eu acho que todo mundo que está lá quer ter a oportunidade de jogar, estar vestindo a camisa da seleção e fazer história. Claro que dá uma vontade a mais de jogar, sempre vai acontecer assim e isso só vai ser mais um motivo para nós treinarmos forte aqui para ter essa oportunidade de voltar.

Fluminense: Ficamos esse tempo todo parado por conta da pandemia, o futebol feminino está voltando. Vocês acham que houve contribuição terem treinado em casa? Vocês chegam aqui em uma posição um pouco melhor do que chegariam se não tivessem feito nenhum trabalho?

Tarciane: Sim. Vou falar no geral porque as meninas da seleção também estavam treinando por zoom, por vídeo e estava muito intenso, muito bom de treinar. A garra, a vontade, resistência. Acredito que aqui no Fluminense vai ser a mesma coisa.

Luany: Sim, a gente sabe que também foi muito complicado treinar pelo zoom por que é um aplicativo. Tem o estresse, às vezes com problema de internet. Mas as meninas estavam dando o seu melhor, pelo zoom, ou com o preparador físico treinando sozinhas na academia. Se todas as meninas estiverem com o mesmo pensamento de chegar na A1, que é onde o Fluminense quer chegar, o trabalho vai render e o Fluminense só vai crescer mais e mais.

Luiza: Acho que no zoom, claro, foi diferente o treino. Não tem como a gente fazer o mesmo treino que fazia, jogar no coletivo, por exemplo, mas acho que foi importante porque todas passaram pela mesma situação. Não foi só para um ou para outro, então como a gente se manteve treinando no zoom e manteve sempre o grupo junto, vai fazer uma diferença, sim. Foi uma coisa boa.