Jogadores não recebiam salário, torcedor cobrava e direção e irritava com jogadores e torcedores. Essa foi a tônica de 2017, de acordo com o apoiador Marquinho. Em novembro houve uma reunião entre a diretoria do Fluminense e os atletas para aparar as arestas, mas não havia consenso, pois os salários continuavam atrasados.
– Um dos assuntos da reunião de novembro foi esse (direção ausente). Não se podia criar abismo entre jogador, direção e torcida. O torcedor ficava bravo por não poder cobrar como cobrava nas Laranjeiras ou simplesmente por não ter mais acesso ao jogador. O jogador ficava bravo pois a direção não pagava salários ou porque não cumpria o combinado. E a direção ficava brava com os dois. Pois a torcida não ia aos jogos e a gente não ganhava. Era um ciclo vicioso. A gente reclamou das promessas não cumpridas. Muitas vezes se disse “vamos pagar na semana quem vem”. E não acontecia. Então, o melhor era não falar. Só falar após pagar. Tivemos vários encontros desses, com o presidente dizendo que iria pagar. E a gente sabia que não tinha pago. Como que ia treinar depois? – indagou.