Um ruído de comunicação tem prejudicado alguns torcedores que têm interesse de ir aos jogos do Fluminense pagando meia-entrada, por intermédio de um direito adquirido. O NETFLU apurou que o clube das Laranjeiras tem ignorado a Lei Municipal 3.424, de 18 de julho de 2002 e a Lei Municipal 5.844, de 30 de março de 2015, que dão direito de meia entrada aos professores da rede pública municipal.

No site oficial do clube, no que tange as informações de meia entrada, não há nenhuma informação relacionada a professores da rede pública, como pode ser visto clicando aqui. Procurada, a assessoria institucional do clube negou, garantindo que os profissionais citados possuem o direito. Essa versão, porém, não coincide com o que o atendimento explica.

 
 
 

O NETFLU fez o teste nesta tarde, por volta das 17h. Através do repórter especial Paulo Brito, foi feita uma ligação para o atendimento do sócio-torcedor, questionando se existia meia entrada para professores. A atendente, Marina, indo em direção oposta ao que o clube informou, disse:

– Evento do Fluminense não disponibiliza meia para professor. Seria mais para ingressos de cinema, teatro. Evento esportivo, especificamente do Fluminense, não disponibiliza. Não adianta levar carteira de professor. Caso queira dar alguma sugestão, pode entrar em contato com a ouvidoria.

Residente de Jacarepaguá, o professor André Victor Ribeiro, de 45 anos passou por situação similar. Ciente da lei municipal, tentou comprar ingresso de meia para os últimos jogos do Fluminense, mas quando foi se informar, descobriu que não teria direito no clube das Laranjeiras.

– É uma lei e sempre respeitaram. Fui em 2019 em inúmeros jogos e sempre paguei meia. Pensei que a lei teria caído, mas verifiquei o site do Flamengo e do Rock in Rio e está bem explícito lá. Fui no Circo Voador e tudo ok. Só o Fluminense não respeita – lamentou o profissional.

De fato, o Flamengo, que coadministra o estádio do Maracanã com o Fluminense, respeita o cumprimento da lei. O NETFLU confrontou o clube sobre as posições diferentes da assessoria e do atendimento do sócio-torcedor e, até o final desta reportagem, não foi respondido.