Durante a quarentena, não só o time profissional do Fluminense tem realizado seus treinamentos em casa, como também os atletas das categorias de base do clube. Com isso, a forma de fazer atividade física em “home office” começou a ser muito discutida e virou até tema de um artigo científico publicado pela Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício). O estudo foi conduzido por profissionais do Departamento médico do Fluminense, em Xerém.

A pesquisa, publicada na semana passada em português e inglês, foi feita em uma parceria entre o Fluminense, a Santa Casa do Rio de Janeiro e as universidades UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), UNIG (Universidade Iguaçu), USS (Universidade Severino Sombra) e UFF (Universidade Federal Fluminense). Participaram os médicos Guilherme Azizi, Paulo César Vieira, Ricardo Carvalho, Cláudio Sérgio Pires, Sebastião Carlos da Silva, Bruno de Sá Pinto e Marco Antonio Azizi.

 
 
 

– Existia um vácuo na literatura científica entre a Imunologia do Exercício e o novo coronavírus causador da Covid-19, e nós buscamos preencher essa lacuna. Assim, buscamos correlacionar as vantagens e desvantagens associadas a intensidade e regularidade do exercício físico no sistema imunológico, pensando em redução do risco de infecção, inflamação e más práticas de saúde durante a pandemia. Fizemos 10 sugestões para atletas e não atletas aplicarem no dia a dia. E no mesmo dia publicamos outro artigo menor correlacionando a triste relação inflamatória entre a obesidade e o novo coronavírus, apresentando como podemos atuar para reverter esta questão – explicou o dr. Guilherme Azizi, que esteve à frente do projeto.