(Imagem: Reprodução/ESPN)

O jornalista Mauro Cezar, do site Uol Esportes, emitiu sua opinião sobre o caso de racismo no Fla-Flu, onde um torcedor desferiu ofensas ao atacante Gabriel Barbosa. Segundo ele, o clube só deve ser punido se for conivente ou omisso. O mesmo vale para o caso do policial civil que apontou uma arma para os torcedores tricolores.

– Tivemos episódios muito desagradáveis no Fla-Flu. Os dois casos são graves e ambos devem ser tratados da seguinte forma: quem cometeu o delito? Foi uma pessoa? Então que se puna o CPF. Eu não consigo imaginar como o presidente do Fluminense poderia impedir que um cidadão tenha uma atitude racista. Ele não pode controlar essas pessoas. E no caso do cidadão que apontou uma arma, aí entra a questão da segurança: o mandante é o Flamengo, o estádio é do Botafogo e é a Polícia Militar quem faz a segurança. Quem permitiu que ele entrasse? Temos que averiguar pra saber de quem é a responsabilidade diante desse absurdo. Antes de punir o clube, acho que tem que se punir sempre o CPF. O clube deve ser punido se ele for conivente, omisso, irresponsável, ou estimular uma ação que possa ser classificada como fora da lei. Até que prove o contrário, acho que não – disse Mauro, acrescentando:

 
 
 

– Mas antes de pensar em punir clube, precisamos pensar em punir o CPF. Mas se os clubes forem omissos ou coniventes, aí o clube passa a ser parceiro no crime, e aí vai merecer alguma punição. Punir o clube para dar uma satisfação à sociedade e deixar o cidadão que comete o delito livre, leve e solto, é tirar o sofá da sala. O cara vai voltar e fazer igual, e outros farão igual pela impunidade – concluiu.