Sonho de muitos tricolores, a volta das Laranjeiras para os jogos do Fluminense é uma possibilidade, mas não de curto prazo. Em entrevista coletiva, o presidente Mário Bittencourt afirmou manter conversas e apoiar a iniciativa do grupo Laranjeiras XXI, responsáveis por desenvolver o projeto de revitalização. Por outro lado destacou as dificuldades financeiras do clube, incapaz de arcar com custos do projeto.
Ainda de acordo com Mário, o grupo trabalha, entre outras coisas, na captação de recursos para tocar uma eventual obra.
— Existe um grupo que desde a gestão passada que desenvolve um projeto de revitalização. Na gestão passada houve uma assinatura de compromisso que o Fluminense apoiaria o projeto. Eles pararam o projeto por causa da eleição. Vencemos e estiveram conosco e já disse que apoio o projeto, sendo viável, deixando claro que o Fluminense não tem condições financeiras de aportar um centavo na reconstrução de um estádio. Se eu digo para vocês que temos dificuldades de pagar salários, imagina se podemos canalizar algum tipo de verba para construir um estádio? Mas o projeto prevê a captação de recursos externos. Já estiveram comigo e disse a eles que apoio o projeto. E temos uma reunião marcada em 6 de novembro. Eles têm um grupo deles, externos, e criei um grupo interno para analisar. Tem engenheiros, arquitetos, gente do jurídico. Um projeto dependerá não apenas da verba, mas de licenças. Talvez por causa da rede social ou da aceleração das informações com pouca profundidade de conteúdo, as pessoas falaram que eu apoiaria o projeto. Eu apoio, mas não ficará pronto em quatro meses. Se chegar alguém e aportar 50, 60 milhões no estádio, com aprovação dos órgãos para jogar em janeiro de 2021, serei o primeiro a comprar cadeira e me sentar lá. E estamos dando todo apoio ao projeto. Mas não vou usar isso de maneira popularesca no sentido de plantar semente na cabeça do torcedor como se resolvêssemos o problema a curto prazo. Enquanto o projeto não caminha, podemos fazer a utilização do estádio para outros eventos, os treinos abertos, mais um ou dois até o fim do ano, jogos de futebol feminino e base – disse.