O Fluminense, não é de hoje, enfrenta graves dificuldades financeiras. No comando do clube desde junho, Mário Bittencourt aposta no Sócio Futebol como fonte importantíssima para a reconstrução tricolor. Em entrevista coletiva, o presidente falou a respeito da necessidade do reforço caseiro no processo de fortalecimento da instituição.
Mário foi além e falou do desejo de trazer ídolos de volta ao Fluminense, mas desde que com austeridade e responsabilidade.
— Eu não vou enganar o torcedor. Não vou dizer que no ano que vem a nossa folha será de R$ 30 milhões para poder competir. Não vai. No ano que vem, vamos ter de manter a nossa filosofia de reconstrução da instituição. Se a gente tiver um aporte ou novo patrocinador, por exemplo, vamos aumentar um pouco para melhorar. Eu não sou um sujeito que não raciocina. Sei que vencer me traz receita. O Fluminense precisa disso: do sócio. Nenhum patrocinador master no Brasil vai pagar mais de R$ 8 ou R$ 10 milhões por anos. Divide aí e faz a conta. Se a gente tiver R$ 5 milhões do Sócio Futebol por mês, e o Grêmio e o Inter tem muito mais do que isso, a coisa será diferente. Eu posso contratar, posso fazer melhores contratos e posso comprar jogadores – disse, complementando:
— Eu leio coisas que não acredito: “só vou ser sócio quando tiver um time melhor”. Amigo, aí você não quer reconstruir, você quer moleza. “Ah, mas você falou na campanha que tinha vontade de repatriar um ídolo”. Tenho. E vamos repatriar na gestão. Mas eu não falei na campanha que ia repatriar um ídolo ganhando um dinheiro que o Fluminense não pode pagar. Se ele quiser voltar, vai ter de entender a nossa realidade. Faço todo o esforço disso. Isso não tem nada a ver com promessas. Ninguém falou que a gente ia ter o melhor time do mundo, porra, em três meses. Entende? Temos de reconstruir o Fluminense com austeridade, respeito às regras e às instituições. Se não for assim, vai sair o Mário, vai vir outro e o Fluminense vai continuar enxugando gelo.