Mais uma vez, Mário Bittencourt justificou porque o Fluminense não terá o voto online na próxima eleição presidencial do clube, marcada para sábado. Promessa sua de campanha, a possibilidade do sócio efetuar a votação remota não será implementada por conta do estatuto. E fica a pergunta: Por que no atual exercício já não foi trabalhada a alteração estatutária de forma a permitir o voto à distância? O presidente falou a respeito em entrevista ao jornalista Victor Lessa.
— Contratamos um parecer com ex-representante do Ministério Público. Ele inclusive foi responsável pelas eleições online do Ministério Público. Nos fez um parecer mostrando que precisávamos fazer uma alteração profunda no estatuto do Fluminense. Não chamo no caso de voto online, mas voto à distância. Estamos falando especificamente em relação aos sócios que moram fora do Rio de Janeiro. O parecer nos disse de maneira clara que precisa de uma mudança profunda, para alterar uma série de regras. Inclusive da forma que é a eleição do Fluminense, que foi desenhada totalmente para ser presencial. Além de tudo, o estatuto prevê uma profunda mudança no parque tecnológico do Fluminense. Por exemplo, a possibilidade que o estatuto dá de quitação para quem está em atraso no dia da eleição para votar – disse, seguindo:
— Tem uma série de questões. Por que não foi feito nesse primeiro triênio? Chegamos num momento difícil e logo no começo (da gestão) fomos acometidos com a pandemia. Precisamos priorizar uma série de outras questões mais graves, mais urgentes. Equacionar a dívida do clube, consegui manter os funcionários e dar suporte a eles para não perderem o emprego durante a pandemia, montar elenco ano a ano. Falamos muito em voto à distância. Esse parecer nos diz que temos de nos preocupar com a segurança. Um exemplo: a eleição do Internacional foi feita online e há uma perícia sendo feita judicialmente sobre irregularidades, fraudes etc. Temos de preparar para no futuro ter votação à distância. Não necessariamente precisa ser online. Podemos levar sim ao Conselho Deliberativo. Pretendemos colocar o voto à distância (no próximo triênio). Não necessariamente sendo online. A discussão vai ter de ser ampla e não cabe ao presidente do Conselho Diretor e sim Deliberativo. Teremos de discutir se será híbrida. Tem de avaliar uma série de questões. O Fluminense é o clube mais democrático do Rio de Janeiro. É o único que o sócio-torcedor pode votar e eleger presidente. Caso a gente saia vencedor no dia 26, vamos ver essa questão da alteração e não só isso. Vamos discutir amplamente outras e colocar para ser votadas.
Mário concorre à reeleição para o próximo triênio contra dois opositores, Rafael Rolim e Marcelo Souto.