(Foto: Mailson Santana - FFC)

O presidente do Fluminense está convicto de que Odair Hellmann é o nome ideal para seguir no comando do clube carioca. Mário Bittencourt garante o treinador no comando mesmo se o Tricolor for desclassificado precocemente na Copa do Brasil na próxima quinta-feira, no Maracanã.

– Não existe a menor hipótese de o Odair sair. Mesmo que a gente não passe dessa fase da Copa do Brasil, ele segue como treinador. Ou a gente muda as atitudes ou o futebol brasileiro caminha para o fim. Se não rediscutirmos calendário, que os clubes de faturamento menor, que é a grande maioria, não podem fazer 9 dias de pré-temporada onde os jogadores estão em fase de adaptação…Só pudemos começar a pensar em montagem de elenco no meio de dezembro. A gente monta um elenco no início de janeiro e tem 7 dias de treinos integrais. E no dia 4 de fevereiro, sem nenhum atacante, estreamos numa competição internacional. Cortar a cabeça de um, achando que está tudo errado, eu não vou fazer. Os resultados não eram o que queríamos por uma série de questões. No jogo contra o Figueirense puderíamos ter ido melhor. Fizemos um jogo muito ruim e todos aqui dentro sabem disso. Mas temos que começar a comparar os clubes com folhas salariais de jogadores de mesmo tamanho, condições de disputa. Não podemos iniciar uma competição de Copa do Brasil, de jogo único, que parece único, porque teoricamente o clube grande é mais forte do que outro. O Atlético foi eliminado pelo Afogados, o Bahia saiu, com uma folha um pouco maior do que a nossa, um bolo de clubes com faturamento igual não tiverem tempo para treinar e continuaremos tendo problemas. Sendo muito claro, vejo muito movimento dos jovens, de 16, 17 anos, que conhecem o clube de alguns anos para cá e a Copa do Brasil sempre tem surpresas, grandes zebras, por ser uma competição de mata-mata quando os clubes de menor expressão dão a vida. Porque a confiança no trabalho do Odair e por que a escolha nele? Se deu porque olhando o trabalho que fez, saindo de uma Série B com o Internacional, entregando o Inter na Libertadores, ele ficar quase 24 meses em um clube da grandeza do Internacional, significa que ele precisa de um longo prazo de trabalho, como está sendo o caso do Roger Machado no Bahia. O treinador nunca esteve pressionado. Não existe a menor hipótese de ele ser demitido, independentemente do que acontecer na quinta-feira. Não posso demitir um treinador a cada três meses, esse é o grande mal do futebol brasileiro. Vou gerar a cada demissão dessa, uma rescisão para o clube pagar