O Fluminense tem adotado postura forte no futebol carioca de não reiniciar atividades presenciais em meio à pandemia do novo coronavírus. Mário Bittencourt explica, inclusive, que o ganho técnico se os treinamentos fossem feitos no CT Carlos Castilho respeitando todos os protocolos de segurança e afastamento por causa do coronavírus não seriam tão grandes. O presidente falou sobre as conversas que teve com os profissionais do futebol no clube.
– No Fluminense fizemos várias reuniões, minha com a comissão técnica, mas que engloba todo mundo: médico, psicólogo. E a posição que recebi deles foi a seguinte: se os atletas treinarem no CT de forma individual, sem bola, sem coletivo, vão ter ganho de 7% a 10% a mais do que teriam treinando em casa. Diante disso, acho que, sinceramente, no pico da pandemia, com o número de mortes elevado todos os dias, para mim é um contrasenso ouvir da parte técnica esse ganho e tirar as pessoas de casa, para fazerem esse percurso de ir e voltar e possam carregar o vírus para lá e para cá – explicou Mário em conversa com o magistrado Marcos Dias, no perfil “papotrabalhista”.
Mário citou o caso do Grêmio, onde o preparador físico deu declaração que vai de encontro ao posicionamento do Fluminense.
– Engraçado que o preparador físico do Grêmio deu entrevista que voltaria, mas o ganho dos treinos seria 5% a mais do que se estivesse em casa. Ou seja, até menos do que a gente avaliou. Entendo o posicionamento do Grêmio, eles têm a teoria de que saindo de casa os atletas arejam a cabeça, o acompanhamento psicológico é melhor. Mas acho que são visões distintas, não adversárias. A equipe do Fluminense, com a minha concordância, optou por enquanto em seguir treinando de casa – falou.