O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, participou de uma live nesta semana, onde debateu sobre diversos temas da esfera jurídica. Dentre outras coisas, ele destrinchou mais um pouco do acordo feito com os atletas do clube, no que tange férias e redução salarial.
– Das férias coletivas, acabou se fazendo um acordo de todos os clubes. A nossa ideia principal era que dando férias coletivas a gente ganhava um mês de calendário. Ficou meio que combinado que, voltando o campeonato, a gente vai explodir dezembro e quem sabe até adentrar janeiro para não perder as 38 datas do Brasileiro. Diria que foi um acordo geral. Entretanto, por divergências de opiniões, a maioria dos sindicatos não reconhece a Fenapaf (Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol) como sua representante, ficou decidido entre os clubes de cada um tentar seus acordos com os elencos.
Mário ainda mandou indireta para clubes que pensaram apenas em si, de maneira egoísta, menosprezando, de certo modo, os efeitos da pandemia de coronavírus.
– Não vou citar nomes de clubes, mas alguns fizeram imposição de maneira unilateral, o que eu discordo. A maioria, pelo que se leu, foi que impôs a condição, e isso pode virar uma enxurrada de ações trabalhistas. E no futuro alguém vai pagar essa conta. Eu optei por outro caminho, tenho uma relação muito boa com os jogadores, de transparência. Por quê? Porque fui muitos anos advogado do clube e os defendia no STJD. Eles sempre tiveram uma boa relação comigo, e depois quando fui vice de futebol por dois anos. Óbvio que não são os mesmos jogadores, mas há aquela historia do “boca a boca”, um fala para o outro, então eles sempre deixam claro que sou de relação transparente – concluiu.