Depois de defender o Fluminense no fim do ano passado no caso da Portuguesa e do Flamengo, que culminou com a permanência do Tricolor na Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro, Mário Bittencourt passou a ser muito mais reconhecido pelos torcedores. Porém, o status de ídolo ele refuta. O vice de futebol e advogado do clube, por outro lado, valoriza a identificação criada pelos anos a serviço do Flu.
– Na minha opinião, ídolo é o jogador. Eu não me considero, sendo honesto. Seria franco, direto e reto, se eu me considerasse. Realmente o carinho da torcida comigo depois do episódio do julgamento do ano passado aumentou. O carinho sempre existiu, mas passei a ser assediado na rua, inclusive por torcedores de outros clubes. Com a torcida do Fluminense não tinha dúvidas. Ela sabia que estava sendo defendida pelo advogado do clube e por um torcedor. A minha grande identificação com o torcedor é: ele me vê ali de paletó e gravata, sustentando e defendendo, dando a vida pelo clube, mas no fim de semana ele sabe que vai me ver de bermuda e com a camisa do Fluminense torcendo. Acho que disse muita coisa que eles gostariam de dizer. O que mais me surpreendeu foi que além dos torcedores do Fluminense passei a ser assediado, cumprimentado, inclusive por torcedores de outros clubes. Fui xingado também, muitas vezes, até em situações constrangedoras. Indo sair para almoçar com minha família, no Maracanã, contra clubes do Rio, ouço muitas besteiras. Passou a ser uma situação que não estava acostumado. Nos primeiros jogos desse ano, porque assumi a vice-presidência de futebol dia 7 de maio, em janeiro, fevereiro, março e abril fui aos jogos de arquibancada. Confesso que nos primeiros jogos fiquei assustado, impressionado. No primeiro deles, não consegui subir porque todos perguntavam do julgamento, querendo tirar foto – disse.