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Mário Bittencourt flerta com a catástrofe

Crys Bruno

Oi, pessoal!

Porcas emoções estamos vivendo e já sentimos que deveríamos estar melhores enquanto vemos um time cada vez mais assustador.

Pois é. Então, lá fui eu ver para crer.

Coletiva pós-jogo. O técnico tricolor se aproxima e o ágil repórter, de cara, pergunta: “- O Fluminense foi surpreendido no 1° tempo?”

“Não. Não, porque nós estudamos o Moto. Trabalhamos. Conversamos muito a respeito disso. Mostramos, na preleção, alguns comportamentos que a equipe do Moto têm. Uma delas era essa bola longa nas costas da linha de defesa. A outra era a situação da bola parada no 1° pau. Então, todos nós temos a consciência que tomamos o gol naquilo que vimos, naquilo que treinamos e que sabíamos que podia acontecer”, respondeu Odair Hellmann.

Agora, eu pergunto: você é comandante do Fluminense e vai jogar contra o Moto Club. Moto Club, hein. Estuda? Claro! Conversa? Claro! Treinam as situações? Óbvio.

Odair rezou a cartilha. Estudou, conversou, treinou. Muito mal. Afinal, o adversário meteu dois gols e se fosse um pouco melhorzinho, mais arrumadinho como um Calera ou Boavista da vida, nos derrubaríamos.

Além do aumento do prejuízo financeiro (a Sula foi-se em dois jogos), com milhões de reais perdidos, uma desmoralização acumulada.

Por que levou dois gols de um time muito inferior? Culpa do jogador ou de um time mal escalado e posicionado em campo? Nós estamos falando do Moto Club fazer gols nas costas do Gilberto e de bola parada!

Mário Bittencourt e seus “Márionetes” estão flertando com a catástrofe de maneira que eu, sinceramente, não esperava.

Eu entendo como não deve ser excitante ser presidente do Fluminense – só Abad não viveu isso porque foi tampa de vaso sanitário do que seu grupo Flusócio.

Deve ser eufórico se sentir cercado de bajuladores, ver o jogador cantar musiquinha, apelidar e etc. Não o culpo por isso.

A perda total do raciocínio e da avaliação é o que mais me assusta. Porque mostra uma intoxicação. Um contágio. Uma cegueira.

O Fluminense não pode atuar contra times pequenos do Rio, ser eliminado da Sul-americana em dois jogos contra um inexpressivo clube como o Calera, levar 2 a 0 do modesto Moto Club.

Isso tudo sem que víssemos o time dominar as ações da partida, minimamente arrumado, escalado com o jogador certo em sua posição. Pelo contrário.

Acha que em jogos contra clubes mais expressivos, marcariam falta no Muriel e dariam aquele pênalti no Nenê? Um profissional, conselheiros e presidente do Fluminense devem saber que não.

O flerte piora quando lembramos que estamos dependendo do estalo de um jogador de 38 anos para desequilibrar porque o coletivo não existe!

Atenção! Nenê não pode ser nem é salvador de um Fluminense! Claro que é divertido e bacana o ver rendendo, fazendo gols. No entanto, isso é para torcedor curtir.

Para um departamento profissional de futebol do Fluminense deve ser extremamente preocupante, arrepiante, desesperador o risco de depender só do Nenê.

Gente, ele tem 38 anos. Fará 39 daqui a pouco. Joga sozinho. Temos uma longa temporada e é humanamente impossível ele manter essa regularidade. Aliás, já oscila, o que é natural. Nenê não é um Conca 2010

O Fluminense está sem técnico de futebol. Sem time. Sem repertório. Sua defesa é mal escalada e postada. O meio-campo, com Henrique sendo o cabeça, é presa fácil de ser ultrapassado e dominado. O ataque tem que se virar para achar uma jogada.

O Fluminense está sem técnico de futebol. Odair sabe teoria e, na prática, só uma maneira de jogo. Passivo, nem reativo o time é, Odair engessa.

Precisamos de um treinador que saiba arrumar, escalar e posicionar o jogador conforme sua característica.

Pode ser retranqueiro como o complexo de vira-lata de quem povoa o Fluminense desde 1988 tem e que, pelo visto, o atual presidente tem também.

Fato é que não precisamos, graças a Deus, ser eliminados da Copa do Brasil pelo Moto Club para sabermos que precisamos de um técnico de futebol.

A nossa margem de erro, sem mídia e força “C-B-Fistêmica”, é quase zero e entramos no mês de Março com um time que deveria estar rendendo mais e que um jogador de 38 anos salvou de uma catástrofe.

Mário Bittencourt flerta com a catástrofe. É inesperado e assustador.

Só o fato de medir se um profissional fica ou sai usando uma peleja contra o Moto Club, me desespera.

Gente, se fosse eliminado no Maranhão era para sair até o presidente!

Estão brincando demais. É o que parece. Muitas risadas. Cantorias. Apelidos. Gracinhas. O que é isso?!! Estão rindo de quê?

E o time em campo? Pobre, sem repertório, dependendo de um estalo individual.

Uma imensa decepção me abate sobre Mário Bittencourt e a aflição, inevitável, já ronda a área: é o fantasma que nos zomba, tortura, judia, como tricolores, desde 2013.

Isso não é cornetagem, nem profecia apocalíptica. É só não ser cega.

Não só eu. Somos muitos na torcida sem a cegueira do poder tentando lhe mostrar o óbvio, presidente: pare de flertar com a catástrofe e contrate um técnico de futebol.

Antes que seja tarde… Muito tarde.

O resto é angústia.

ST.

Bacharel em Direito com Especialização em Gestão Profissional no Futebol pelo Centro Universitário Internacional. Escrevo sobre futebol desde 2009 quando comecei no Jornal da Cidade, Niterói. Com passagens pelo FEA, Flu&Etc e Panorama Tricolor, desarmo melhor que o Richard, cruzo melhor que o Leo, marco melhor que o Airton , lanço melhor que o Jádson, finalizo melhor que o Marcos Jr, corro mais que o Gum e jogo mais que o Pedro. Ops, "esta" foi mentira. Rs.

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