Com ano de eleição se aproximando, a oposição tricolor composta por Mário Bittencourt, Celso Barros e Ricardo Tenório, membros de chapas derrotadas por Pedro Abad no último pleito, têm se unido para resgatar o Fluminense. Na noite desta quinta-feira, o trio realizou uma reunião aberta para debater soluções para o futuro do clube, em evento realizado em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

No evento, o trio falou sobre o momento financeiro atual do clube, debateu propostas de soluções, e criticou a atual gestão de Pedro Abad e do ex-presidente Peter Siemsen. Mais comedido, Mário Bittencourt se mostrou descrente com a possibilidade de impedimento do mandatário, mas acredita que o melhor para o Fluminense é a saída de Abad.

 
 
 

– Pelo que ouço dentro do clube, não vai adiante porque não haverá quórum mínimo para votar e, mesmo se tiver, a maioria do Conselho, me parece, ainda apoia o presidente. Não havendo o impeachment e havendo outro movimento é muito importante que as pessoas que estejam do clube também se dispam das vaidades e não tentem levar uma situação até o final sem condição de fazê-la. Para o Fluminense seria muito salutar uma antecipação das eleições, não uma eleição e depois uma outra, porque o clube não vai resistir ter dois embates no mesmo ano – disse o advogado, que afirmou que a situação de Pedro Abad no comando do clube é insustentável.

– A situação do presidente, até do ponto de vista pessoal, beira a insustentabilidade, pelo que vi no Maracanã, nos últimos jogos. Mas isso é um sentimento pessoal. O processo de impedimento é muito técnico. Como não sou conselheiro, não tenho a possibilidade de discuti-lo tecnicamente. Ele não tem nem pessoas em volta dele que faça um cinturão de proteção. Hoje ele é um cara isolado. O grupo dele, que tanto fez para ganhar a eleição, está largando ele pelo meio do caminho. E ninguém governa nada sozinho. Nem casa, nem empresa, nem clube – concluiu.